O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) denunciou em Plenário, nesta sexta-feira (19), o que considera "um dos maiores crimes de lesa-pátria prestes a ser cometido pelas autoridades brasileiras": o leilão do pré-sal do campo de Libra, localizado na bacia de Santos, que está marcado para a próxima segunda-feira (21).
Oportunidade
Randolfe defende suspensão do leilão do pré-sal
Ao lado dos senadores peemedebistas Pedro Simon (RS) e Roberto Requião (PR), Randolfe deu entrada em ação popular – com pedido de cautelar – junto à Justiça Federal para suspender o leilão.
– Este Congresso não debateu os PDLs (projetos de decreto legislativo) para suspensão do leilão de Libra, mas ainda resta a ação cautelar, que, espero, seja atendida – comentou Randolfe.
Além de afirmar que o Tribunal de Contas da União (TCU) foi impedido de fiscalizar o edital do leilão, o parlamentar questionou a "pressa" para concretização do negócio.
– Para quê a pressa da exploração? Qual a crise energética que temos? A ditadura da pressa da exploração é para atender aos interesses das multinacionais do petróleo – acusou Randolfe.
Espionagem
O parlamentar apresentou outro argumento contrário à realização do leilão: a espionagem internacional sobre a Petrobras. Na sua opinião, é uma "temeridade manter o leilão diante da revelação de que o banco de dados do nosso petróleo foi violado pela agência americana NSA".
Ao final do discurso de Randolfe, o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) – que presidia a sessão plenária – assinalou sua impressão sobre a mudança no slogan criado quando da fundação da Petrobras.
– Getúlio disse "o petróleo é nosso" quando fundou a empresa. Parece que isso mudou – comentou.