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COBRANÇA POR MUDANÇAS

Repasse de R$ 25 mi do governo do estado à Santa Casa em abril já tinha cobrança de ajustes na gestão

epasse de R$ 25 milhões à Santa Casa em 2025 foi condicionado à mudança estrutural e no modelo de gestão. Veja os detalhes!

Reunião de autoridades sobre repasse à Santa Casa em Campo Grande com documentos e símbolos institucionais. R$ 25 mi Santa Casa
Em reunião realizado no dia 03/04, Governo estadual formalizou repasse de R$ 25 milhões e reforçou cobrança por mudanças na gestão do hospital.

A crise recorrente da Santa Casa de Campo Grande já vinha sendo tratada, pelo Governo de Mato Grosso do Sul, com um recado direto desde abril de 2025. Dinheiro extra entraria, porém a cobrança por mudança estrutural e no modelo de gestão seria mantida. Isso ficou evidente na reunião de trabalho que formalizou o repasse de R$ 25 milhões em recursos da bancada federal ao hospital. Nessa ocasião, o governador Eduardo Riedel colocou a reestruturação como condição política central para romper o ciclo de emergências repetidas na unidade.

À época, o encontro reuniu representantes da saúde estadual e municipal, além de gestores da Santa Casa e lideranças políticas. Na ocasião, Riedel afirmou que o recurso era fruto da articulação da bancada federal. Mesmo assim, reforçou que a instituição precisava mudar o modo como vinha sendo administrada. Garantir a eficiência no uso de R$ 25 mi Santa Casa era essencial.

“É necessário que haja uma mudança no modelo de gestão, uma mudança estrutural”, declarou o governador durante a reunião.

Assim, o repasse não foi apresentado apenas como socorro financeiro, mas como um passo acompanhado de pressão por ajustes internos relacionados ao R$ 25 mi Santa Casa.

Valores e Parcelas

O aporte de R$ 25 milhões foi viabilizado via Fundo Estadual de Saúde, a partir de emendas parlamentares. Para que a transferência fosse efetivada, a SES afirmou que um remanejamento de outros projetos precisou ser feito. Além disso, a liberação foi organizada em três parcelas de aproximadamente R$ 8,3 milhões. A previsão de pagamentos era entre 20 de abril e junho, numa tentativa de reabastecer estoques e destravar a assistência hospitalar. Segundo a avaliação apresentada, a assistência vinha sendo afetada por falta de materiais e medicamentos.

Na leitura do secretário estadual de Saúde, Maurício Simões, a situação já era monitorada havia meses. Medidas extraordinárias vinham sendo tomadas para evitar colapsos imediatos.

Décimo como apoio e sem previsibilidade em contrato

Ele citou que, ainda em 2024, um convênio de R$ 15 milhões, também em três parcelas, foi autorizado para suprir necessidades do fim do ano.

Além disso, foi lembrado que um repasse de R$ 9 milhões teria sido feito referente a um décimo terceiro que não estava previsto em contrato, portanto sem responsabilidade legal. Dessa forma, a soma entre o fim de 2024 e o início de 2025 foi usada como argumento para mostrar que o Estado vinha ampliando aportes. Ao mesmo tempo, endurecia o discurso sobre gestão.

Panorama Financeiro e Administrativo

Enquanto isso, a saúde de Campo Grande foi lembrada como uma área que recebe mais de R$ 1 bilhão por ano em recursos estaduais. Esse fato reforçou o tom de exigência por eficiência e previsibilidade na administração hospitalar.

Do lado da Santa Casa, a presidente Alir Terra Lima avaliou que o repasse traria alívio e estabilidade para manter os serviços. Ainda assim, o cenário descrito pela reunião indicou que, desde abril de 2025, o governo já vinha “apertando” a gestão da unidade. O recurso chegaria, porém com a mensagem de que o modelo atual precisaria ser refeito. Isso visava evitar novas interrupções e novas emergências em intervalos curtos.

Participantes e Implicações Políticas

Participaram da assinatura e das discussões a coordenadora da bancada, senadora Soraya Thronicke, o senador Nelsinho Trad, os deputados federais Luiz Ovando, Geraldo Resende e Beto Pereira. Além deles, o presidente da ALEMS, Gerson Claro, e o presidente da Câmara Municipal, vereador Papy. Houve também a presença de Rosana Leite (Sesau) e da prefeita Adriane Lopes.