
Começou a funcionar, em abril, parte das câmeras de monitoramento compradas por pais de alunos, professores e diretores, com apoio da iniciativa privada, para vigilância da entrada e saída das escolas de Três Lagoas – iniciativa pioneira, que deve ser copiada por todo o Estado e o país. A compra e instalação dos equipamentos dá andamento a um projeto da Polícia Militar para reforçar a segurança nas escolas da cidade.
A ideia de vigiar eletronicamente a porta das escolas surgiu quando a cidade lamentava não dispor do sistema montado com dinheiro da Petrobras, em 2016. Equipamentos que custaram quase R$ 2 milhões estavam parados por falta de manutenção e defeitos – desde abril, uma empresa de Campo Grande faz os reparos necessários, que vão custar mais R$ 540 mil.
A PM viu nos pais e professores a chance de ampliar a segurança e apresentou às escolas. A aprovação foi imediata e, menos de quatro meses depois, parte dos portões tão almejados pelo tráfico, ladrões e a prostituição já fazem parte de um “big brother” do bem, sob os olhos da polícia.
A união de todos em torno do projeto foi o ponto fundamental para o início de sua execução. Os valores, que poderiam ser assustadores, não parecem ter intimidado quem não quer ver seus filhos ameados pela marginalidade. O número de ocorrências policiais nas escolas provam isso.
Na agilidade dos voluntários que aderiram à iniciativa da Polícia Militar deveriam vir outros setores da sociedade igualmente ameaçados por bandidos. Como o comércio, as indústrias, igrejas, clubes… Enfim, até mesmo moradores em geral.