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Três Lagoas, 12 de maio

É hora de falar sobre prevenção de câncer na mulher

Atenção e autocuidado na prevenção aos cânceres de mama e de colo uterino

Por Tatiane Simon
29/10/2019 • 16h48
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Já foi o tempo em que a mulher só procurava o serviço de saúde para o parto ou alguma doença grave. Hoje elas estão mais conscientes da importância de se cuidarem através do autocuidado e da prevenção de doenças. Exemplo disso são as diversas campanhas, especialmente a de prevenção do câncer de mama e colo de útero. Visando conscientização sobre câncer feminino, em celebração ao Outubro Rosa, a ginecologista e mastologista Nayara Cassemiro e o ginecologista e obstetra Rafael Cassemiro, da Clini-Cass, esclarecem sobre como prevenir essas doenças.

“Sobre o câncer de mama, sabemos que a detecção precoce é um dos métodos mais eficientes utilizados para o diagnóstico. Sabe-se que mais de 90% dos casos diagnosticados no início têm possibilidade de cura”, explica Nayara.

A detecção precoce é feita através do rastreamento entre mulheres assintomáticas da população geral, que não seja de alto risco, da seguinte forma:

• Exame clínico das mamas:
realizado pelo médico ginecologista ou mastologista ou ainda pelo profissional de saúde treinado. Deve ser feita de forma anual em mulheres com 40 anos ou mais.

• Rastreamento mamográfico:
mamografia anual para mulheres com 40 anos ou mais.  A partir dos 70 anos, a frequência dependerá do critério médico.

Além disso, há alguns sinais relevantes e de alerta no câncer de mama.

• Nódulo único endurecido
• Irritação ou abaulamento de uma parte da mama
• Inchaço de toda ou parte de uma mama, mesmo que não se sinta um nódulo
• Edema (inchaço) da pele
• Eritema (vermelhidão) na pele
• Inversão do mamilo

“Nesses casos, deve-se procurar com urgência o médico especialista. Uma dúvida constante das pacientes é ‘como prevenir a doença além da mamografia?’ É importante ter hábitos saudáveis. Evitar fumo e álcool, alimentação equilibrada, atividade física regular e peso na medida certa reduzem o risco para câncer de mama”, esclarece o ginecologista.

Colo de útero

O câncer de colo uterino é uma doença de evolução lenta, sendo o principal agente da enfermidade o papilomavírus humano, identificado pela sigla HPV. “Apesar de existirem mais duas centenas de subtipos diferentes desse vírus, somente alguns estão associados ao câncer de colo uterino. Além do HPV, também consideramos fatores de risco o início precoce da atividade sexual, múltiplos parceiros ou parceiros com vida sexual promíscua, baixa imunidade, más condições de higiene e tabagismo”, acrescenta a especialista.

 Em relação aos sintomas, no início, é assintomático, segundo a mastologista Nayara. “Quando os sintomas aparecem, são sangramento vaginal especialmente depois das relações sexuais, no intervalo entre as menstruações ou depois da menopausa e corrimento de cor escura e com mau cheiro”, explica.

A infecção genital por esse vírus é muito frequente e não causa doença na maioria das vezes. Entretanto, em alguns casos, ocorrem alterações celulares que podem evoluir para o câncer. Essas alterações são descobertas facilmente no exame preventivo, conhecido também como Papanicolau, e são curáveis na quase totalidade dos casos. Por isso, é importante a realização periódica desse exame. As mulheres precisam ser orientadas a procurar periodicamente o ginecologista e fazer os exames necessários.

Vacinação

O Ministério da Saúde implementou no calendário vacinal, em 2014, a vacina tetravalente contra o HPV para meninas de 9 a 13 anos. A partir de 2017, o ministério estendeu a vacina para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos.  Essa vacina protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV. Os dois primeiros causam verrugas genitais e os dois últimos são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero.

A vacinação e a realização do Papanicolau se complementam como ações de prevenção desse tipo de câncer.

A mastologista Nayara reforça que é importante o autocuidado, que significa cuidar da própria saúde. “Podemos fazer isso conhecendo nossa história familiar para câncer - dessa forma saberemos nosso risco - procurando ter hábitos saudáveis de vida, com boa alimentação e atividades físicas, conhecendo melhor nosso corpo, através do autoconhecimento. Dessa forma seremos capazes de identificar qualquer mudança, informação essa que ajuda muito o profissional de saúde na detecção precoce. O autoconhecimento é um importante aliado na mobilização da população feminina para os cuidados com a própria saúde, principalmente quando se trata das mamas. Mas o exame físico ginecológico realizado por um profissional de saúde treinado não deve ser substituído”, conclui.

Clini-Cass 
Endereço: Rua Bruno Garcia, 2335, Jardim Primaveril - Três Lagoas-MS
Telefone: (67) 3522-9949

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