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Três Lagoas

Casos de meningite são descartados por exames laboratoriais

Entre esses cinco confirmados, houve registro de um óbito, o caso de uma mulher de 76 anos, mas não de meningocócica

Após exames no Lacen, nove desses casos foram descartados -
Após exames no Lacen, nove desses casos foram descartados -

A cidade de Três Lagoas vive situação normal e controlada no que se refere à meningite, segundo dados recentes do Sistema Nacional de Vigilância de Meningite, ligado ao Ministério da Saúde.

Segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde, de janeiro a julho de 2011, houve registro de 14 casos, suspeitos e notificados de meningite, em Três Lagoas. No entanto, adotados os procedimentos exigidos pelo Sistema Nacional de Vigilância de Meningite e concluídos os exames do Laboratório Central de Saúde Pública de Mato Grosso do Sul (Lacen/MS), nove desses casos foram descartados e apenas cinco foram confirmados. Entre esses cinco confirmados, houve registro de um óbito, o caso de uma mulher de 76 anos, mas não de meningocócica, ocorrido em 30 de junho.

No mês de julho, houve registro de três casos, entre eles o de um trabalhador, residente em alojamento, que chegaram a levantar suspeitas de se tratar de meningite meningocócica. No entanto, apenas dois deles, incluindo uma criança recém-nascida, chegaram a ser notificados, mas logo foram descartados.

A suspeita do caso não é aleatória, “mas é levantada no atendimento médico, que, imediatamente, deverá notificar a Vigilância Epidemiológica para os procedimentos exigidos pelo Ministério da Saúde e estabelecidos no Sistema Nacional de Vigilância de Meningite”, explicou a diretora de Vigilância em Saúde, Angelina Zuque, na manhã desta segunda-feira (1º).

“Todos os casos suspeitos seguem um protocolo de procedimentos do Ministério da Saúde, com a realização de exames específicos e estudos de prontuários familiares para elucidação do histórico clínico”, ressaltou Angelina Zuque.

Segundo a diretora de Vigilância em Saúde, “os exames laboratoriais são específicos para confirmar ou descartar os casos de meningite. Quando não for possível a coleta de materiais para exame, o diagnóstico clínico é suficiente para o registro da suspeita”, explicou Angelina Zuque.

ORIENTAÇÕES À POPULAÇÃO
É importante que a população saiba que “o termo meningite expressa a ocorrência de um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro”.

A meningite pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como bactérias, vírus e fungos, dentre outros, e agentes não-infecciosos (traumatismos).

Os principais agentes bacterianos causadores de meningite e que preocupam a saúde pública são, conforme denominação técnica e científica: neisseriameningitidis (meningococo); mycobacteriumtuberculosis; haemophilusinfluenzae; e streptococcuspneumoniae.

Em geral, a transmissão é de pessoa a pessoa, através das vias respiratórias, por gotículas e secreções da nasofaringe. Nesses casos, o contágio se processa através de contatos íntimos ou contato direto com as secreções respiratórias do paciente. A transmissão pode ocorrer em residentes da mesma casa do paciente, colegas de dormitório ou alojamento, namorados.

O período de transmissibilidade varia de dois a 10 dias. No caso de meningite meningocócica, o perigo de contágio persiste até que o meningococo desapareça por completo da nasofaringe. Esse perigo normalmente desaparece 24 horas após a antibioticoterapia, que deverá ser aplicada a toda a família e àqueles que mantiveram contato direto com o paciente, incluindo os profissionais da Saúde.

A meningite é uma síndrome que se caracteriza por febre, cefaleia intensa, vômitos e sinais de irritação meníngea, acompanhadas do líquido cefalorraquidiano.