Durante reunião com o Sindicato da Construção Civil Pesada (Sintiespav), o Consórcio UFN 3 alegou que não tem dinheiro para pagar suas dívidas. Por isso, fez um acordo com o sindicato para pagar os trabalhadores em etapas e parcelado. Conforme o acordo, ficou definido que até terça-feira, o Consórcio pagará, integralmente, 212 trabalhadores demitidos no dia 3 de novembro.
Os 965 trabalhadores demitidos de 22 a 28 de novembro vão receber R$ 1.300 até terça-feira, segundo o Consórcio. Já os 847 demitidos no dia 2 de dezembro, bem como os 600 trabalhadores que estão na ativa, vão receber R$ 1 mil, seja da rescisão ou de adiantamento de salário, também até terça-feira.
Segundo os representantes do sindicato, não houve alternativa a não ser aceitar essa proposta. Entretanto, o sindicato ingressou ontem com uma ação, com pedido de liminar, contra o Consórcio e a Petrobras, solicitando o bloqueio de recursos da estatal para o pagamento desses trabalhadores.
A intenção, segundo o diretor do Sintiespav, José Cleonildo Dias, é de que até segunda-feira, a justiça conceda essa liminar a favor do sindicato. “O Consórcio queria pagar apenas uma parte dos trabalhadores e a outra não. Nós não concordamos, pois não é justo que alguns fiquem sem receber, por isso, não tivemos alternativa a não ser a de aceitar esse acordo. Entretanto, com essa ação, a nossa intenção é que a justiça bloqueie o recurso que dê para pagar todos os funcionários”, argumentou.
Ao receberem as informações do sindicato, os trabalhadores afirmaram que vão bloquear a rodovia na segunda-feira, novamente. “É uma verdadeira falta de respeito conosco. Deixamos nossas cidades para chegar aqui e se deparar com essa palhaçada e total desrespeito com os trabalhadores. É uma vergonha esse Consórcio e a Petrobras”, disseram os trabalhadores.