A palestra de um desembargador na Cidade poderia ser somente mais uma notícia. No entanto, Ricardo Tadeu Fonseca não é apenas um representante da Lei, é o primeiro magistrado cego do país. Exemplo de superação, ele vem a Três Lagoas na segunda-feira (7), para falar sobre ‘Motivação’. A palestra faz parte das ações da 5ª Semana de Prevenção a Acidentes da Adar (SIPAT), que acontece às 10h, no anfiteatro da AEMS.
Há 20 anos, ele foi reprovado no concurso para juiz do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo por ser cego. No ano passado o sonho de ser desembargador foi concretizado – foi nomeado para a vaga no TRT do Paraná e passou a ser o primeiro magistrado cego do país.
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A trajetória não foi uma das mais simples. Fonseca nasceu nasceu prematuro de seis meses e teve paralisia cerebral. Sua visão ficou logo comprometida. Os movimentos dos braços e das pernas também foram prejudicados – hoje anda com alguma dificuldade, mas recuperou totalmente o movimento dos braços.
Até os 23 anos, enxergava com muita dificuldade. No terceiro ano do curso de Direito da Universidade de São Paulo, perdeu completamente a visão. Formou-se com a ajuda dos colegas e está, há 17 anos, na Procuradoria do Trabalho do Paraná.
