Três Lagoas
Faltam medicamentos nos postos de saúde de Três Lagoas
Deficiência no abastecimento de remédios se arrasta desde o ano passado
Pacientes continuam reclamando da falta de medicamentos nos postos de saúde de Três Lagoas. Esse problema já se arrasta desde dezembro do ano passado, quando houve um incêndio no laboratório que fornecia os medicamentos para a Secretaria Municipal de Saúde de Três Lagoas.
Agora, desta vez, segundo o diretor de Assistência em Saúde, da Secretaria Municipal de Saúde, Ricardo de Lima Cordeiro, o problema ocorre devido a um erro no processo de cotação dos medicamentos, feito pela assessoria de Licitação da Prefeitura de Três Lagoas, que está providenciando uma nova cotação para que a secretaria possa adquirir os medicamentos.
A diretora da Central de Distribuição de Medicamentos da Secretaria Municipal de Saúde, Andrea da Silva Nakamura, informou, por sua vez, que esse não é o motivo da falta de remédio nas unidades de saúde. Segundo ela, os laboratórios que fornecem os medicamentos não estão comparecendo para participar do processo de licitação.
“A ausência ocorre porque o Tribunal de Contas determinou que as distribuidoras e laboratórios que nos fornecem medicamentos devem aplicar uma tabela com coeficiente de adequação de preços. E, esse coeficiente para ser aplicado no processo licitatório tem feito com que muitos fornecedores e laboratórios não compareçam para participar da licitação. Outro motivo foi o incêndio que ocorreu no laboratório que fornecia medicamentos para o município. Tivemos que reincidir o contrato, então, uma nova licitação teve que ser realizada”, justificou.
Segundo Andrea, no último dia 10 de março, por exemplo, não compareceu nenhum laboratório interessado em fornecer medicamentos para a Prefeitura de Três Lagoas. Diante desse fato, a assessoria jurídica do município, está analisando essa situação na tentativa de resolver o problema. “A população não pode ficar sem o medicamento. A população é quem fica afetada com isso e, nós não queremos prejudicar a população”, comentou.
De acordo com a responsável pela central de Distribuição de Medicamentos, a prefeitura chegou a fazer uma “comprinha” de urgência para suprir a demanda por alguns meses. “Os medicamentos que tinham mais procura eram aqueles justamente fornecidos pelo laboratório que pegou fogo”, informou.
Andrea disse ainda que, o paciente que não encontrar os medicamentos, como por exemplo, o Losartana, nas unidades de saúde, pode pegá-lo gratuitamente, na Farmácia Popular.