Passa da hora uma fiscalização mais enérgica por parte das autoridades responsáveis pela repreensão a compra e venda ilegal e do funcionamento, se regular ou não, de estabelecimentos “comerciais” que receptam materiais considerados sucateados, destinados a desmanche ou possíveis de reciclagem. Cresce na cidade, assustadoramente, a subtração de fios nas redes de energia elétrica, sejam elas públicas ou particulares. Na construção civil em andamento, dezenas e dezenas delas têm suas instalações elétricas ou o material que nelas serão aplicados, furtados na calada da noite. Assim tem sido a luz do dia com cabos de transmissão de operadora telefônica, que desativou seus serviços em grande parte das cidades brasileiras.
Pessoas penduradas em postes de iluminação que sustentam essas redes são vistas removendo estes cabos. Seriam elas, funcionários da empresa ou são pessoas que sem qualquer receio cometem o delito a luz do dia? Existe uma ação policial visando identificar os executores deste tipo de trabalho? Portam credenciais que comprovam autorização para a remoção desses cabos? E o que falar daqueles que se fazem passar por funcionários de empresa de provedores de internet? Estariam estendendo novas vias de fibra ótica, ou removendo-as para comercializarem em estabelecimentos de conduta duvidosa?
A ousadia destes meliantes não tem limites. Furtaram recentemente, boa parte dos fios da rede subterrânea de iluminação pública da avenida Clodoaldo Garcia deixando às escuras um longo trecho da sua extensão. Há dias passados noticiamos a prisão de um conhecido da polícia com mais de 60 passagens por furto de fios, botijões de gás e outros objetos caseiros, mas de relevantes valores. O fato é que se há esses tipos de furtos é porque há quem compre esses objetos.
Em Três Lagoas o registro dessas ocorrências é diário. Indignada a sociedade em geral não vê uma ação mais efetiva e com resultados satisfatórios como lacração destes estabelecimentos, ou até mesmo prisão de seus proprietários, os quais compram fios condutores de eletricidade por causa do valor do cobre. É preciso que seja adotada uma ação policial mais repressiva e fiscalizadora visando identificar quais são os compradores, ou melhor, os receptadores desses materiais furtados, considerados sucatas e destinados a desmanches, inclusive, de motos e bicicletas, que também são alvos permanentes desses que se acham no direito de se apropriarem do que não lhes pertence.
Enfim, é preciso uma ação mais objetiva e rigorosa para coibir esses malfeitores, incluído também aqueles que em sua maioria, são vítimas do uso de drogas e que se tornam praticantes habituais destes furtos como os aqui descritos para sustentarem o próprio vício. Vivemos tempos de registros diários de notícias sobre a atuação desses delinquentes. Por outro lado, como Três Lagoas é rota do tráfico de drogas vindas do Paraguai e da Bolívia, há de se intensificar a ação policial no combate aos pontos de venda, sob pena de vivermos em uma cidade perigosa para os nossos filhos e familiares.