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CONCESSÃO

Pedágios na BR-262 entre Três Lagoas e Campo Grande devem somar R$ 57,60

Na BR-262, o primeiro pedágio ficará no km 39, entre Três Lagoas e Água Clara, com tarifa de R$ 12,60.

Cobrança prevista para 2026 soma quatro pórticos no trecho entre Três Lagoas, Água Clara, Ribas do Rio Pardo e Campo Grande. Foto: Divulgação
Cobrança prevista para 2026 soma quatro pórticos no trecho entre Três Lagoas, Água Clara, Ribas do Rio Pardo e Campo Grande. Foto: Divulgação

Os motoristas que uti lizam a BR-262, rodovia federal que liga Três Lagoas a Campo Grande, deverão passar a pagar pedágio ao longo do trajeto a partir do fim de novembro de 2026. O valor total para veículos de passeio será de R$ 57,60, considerando que serão quatro pórticos de cobrança instalados entre Três Lagoas, Água Clara, Ribas do Rio Pardo e Campo Grande. As tarifas fazem parte da concessão da Rota da Celulose e já incluem o desconto de 8% oferecido pelo Consórcio Caminhos da Celulose no leilão realizado em maio de 2025.

Na BR-262, o primeiro pedágio ficará no km 39, entre Três Lagoas e Água Clara, com tarifa de R$ 12,60. O segundo será no km 104, no mesmo trecho, com valor de R$ 14,75. O terceiro pórtico está previsto para o km 207, entre Água Clara e Ribas do Rio Pardo, com cobrança de R$ 16,55. O último ponto fica no km 292, entre Ribas do Rio Pardo e Campo Grande, com tarifa de R$ 13,70.

Além da BR-262, a concessão abrange outras rodovias estratégicas da região Leste de Mato Grosso do Sul. Na MS-040, entre Campo Grande e Santa Rita do Pardo, o valor total do pedágio será de R$ 41,20, distribuído em três pórticos. Na MS-338, entre Santa Rita do Pardo e Bataguassu, haverá um pórtico com tarifa de R$ 10,40. Já na BR-267, entre Bataguassu, Casa Verde e Nova Alvorada do Sul, o custo total para automóveis será de R$ 43,70, somando quatro pontos de cobrança.

Ao todo, a Rota da Celulose contará com 14 pórticos de pedágio, sendo dois em trechos de pista dupla. As tarifas apresentadas referem-se a automóveis e terão aplicação de multiplicadores conforme a categoria e o número de eixos dos veículos.

A concessão prevê a implantação do sistema Free Flow, modelo de pedágio eletrônico em livre passagem, sem praças físicas e sem cancelas. Os veículos passam pelos pórticos na velocidade permitida da via, com identificação automática por TAG ou leitura de placas, e a cobrança ocorre de forma eletrônica, proporcional ao uso da rodovia.

O contrato abrange 870,3 quilômetros de rodovias na região Leste do Estado, incluindo trechos das BRs 262 e 267 e das rodovias estaduais MS-040, MS-338 e MS-395. Desse total, apenas 115 quilômetros terão pista dupla, sendo 101,73 quilômetros na BR-262, entre Campo Grande e Ribas do Rio Pardo, e 13,5 quilômetros na BR-267, em Bataguassu.

Na BR-262, os 226,47 quilômetros entre Ribas do Rio Pardo e Três Lagoas permanecerão em pista simples, mas receberão 57,57 quilômetros de terceira faixa e 21,98 quilômetros de acostamentos. Já em Ribas do Rio Pardo, es tá prevista a implantação de 12,165 quilômetros de contorno rodoviário duplicado, para retirar o tráfego pesado da área urbana.

O investimento estimado do projeto é de aproximada mente R$ 10,098 bilhões, sendo R$ 6,907 bilhões em CA PEX e R$ 3,191 bilhões em OPEX, com prazo de concessão de 30 anos. O contrato prevê recuperação, operação, manutenção, conservação, implantação de melhorias e ampliação da capacidade do sistema rodoviário.

O governador Eduardo Riedel afirmou que o contrato da concessão da Rota da Celulose deverá ser assinado na segunda quinzena de janeiro de 2026. Segundo ele, a etapa burocrática após o leilão, que envolve processos legais, análise documental e eventuais impugnações, está na fase final, o que permitirá que o consórcio vencedor assuma a operação das rodo vias ainda no início do ano.

Riedel explicou ainda que o consórcio liderado pela XP realiza atualmente o arrola mento de bens federais e estaduais, além da instalação da estrutura administrativa necessária para o início das atividades.

Conforme o cronograma, após a assinatura do contrato, a concessionária terá 12 meses para executar as intervenções iniciais obrigatórias. A cobrança do pedágio não será automática ao final desse período e dependerá de autorização da Agência Esta dual de Regulação de Serviços Públicos de Mato Grosso do Sul (AGEMS), que irá avaliar se todas as exigências do primeiro ano de concessão foram cumpridas. A previsão é de que os usuários comecem a pagar pedágio a partir do fim de novembro de 2026.