O Senado dos Estados Unidos vota nesta terça-feira (2), último dia do prazo após o qual o país pode ficar sem dinheiro para pagar suas dívidas, o plano bipartidário formulado pelos líderes do Congresso.
A expectativa é de que o plano, negociado por Obama, seja aprovado na Casa, onde o partido Democrata tem maioria.
Na véspera, o mesmo plano foi aprovado na Câmara.A votação, prevista para as 13h, ocorre após a Câmara dos Representantes aprovar na segunda o plano, por 269 votos a favor e 161 contra. A primeira parte do acordo vai cortar cerca de US$ 1 trilhão nos próximos dez anos, segundo explicou Obama durante pronunciamento feito no domingo.
Caso não haja um acordo no Congresso dos EUA para permitir a elevação do teto da dívida do país acima de US$ 14,3 trilhões, o Tesouro do país não será mais capaz de contrair empréstimos para pagar suas contas após esta terça.
A elevação do teto da dívida permitiria ao país pegar novos empréstimos e cumprir com pagamentos obrigatórios. Em maio, a dívida pública do país chegou a US$ 14,3 trilhões (cerca de R$ 22,2 trilhões), que é o valor máximo estabelecido por lei. Nos EUA, a responsabilidade de fixar o teto da dívida federal é do Congresso.
Tensão e negociações
O processo para que republicanos e democratas conseguissem fechar um acordo foi “bagunçado e levou muito tempo”, nas palavras do próprio presidente Barack Obama.
Esta foi a terceira vez em menos de duas semanas que a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos votou um acordo sobre a redução do déficit orçamentário do país e a elevação do limite de endividamento do governo federal.
No domingo, o presidente fez um pronunciamento para dizer que os líderes dos dois partidos haviam chegado a um acordo para elevar o limite da dívida dos Estados Unidos e evitar um default (termo técnico para “calote”).