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Três Lagoas

TLC apresenta embargo a leilão judicial trabalhista

O TLC foi arrematado no segundo leilão da Justiça do Trabalho, pelo valor de R$ 750 mil

A defesa da diretoria do Três Lagoas Clube (TLC) protocolou, nesta quinta-feira (20), o embargo à arrematação do imóvel  realizada em leilão da Justiça do Trabalho, no dia 13 de maio.

Conforme o advogado de defesa, Nivaldo da Costa Moreira, o embargo é baseado em duas linhas, sendo um deles relacionados à irregularidades encontradas na elaboração do edital do leilão.

Ele explicou que a Consolidação das Leis do Trabalho prevê que o pagamento de um bem arrematado em leilão deve ser feito no prazo de 24 horas.

No entanto, a Justiça local autorizou que, no caso do TLC, fosse possível o  parcelamento, desde que este fosse apresentado em proposta do arrematante cinco dias antes do dia do leilão. “Esta decisão consta na sentença [de setembro de 2009].

Porém, no edital do leilão não constou essa possibilidade, o que gerou graves prejuízos, tanto aos interessados, que poderiam oferecer lances melhores, quanto ao clube, que pode ter deixado de ser arrematado por maior valor.

O edital tem de ser de acordo com a sentença”, completou. O TLC foi arrematado no segundo leilão da Justiça do Trabalho – realizado no mesmo dia – pelo valor de R$ 750 mil – a venda por 50% do valor estipulado, R$ 1,5 milhão, também foi autorizado pela Justiça Trabalhista.

Destes, R$ 300 mil foram pagos à vista e o restante parcelado. No entanto, o advogado acusa a falta da apresentação da proposta de parcelamento cinco dias antes, como previa a sentença.

O advogado está confiante em conseguir a anulação do leilão, mas afirma que está preparado para levar o caso até o Tribunal  Superior do Trabalho, caso haja necessidade. “Estamos falando do princípio da publicidade e igualdade. Todos que vão a um leilão têm de estar em igualdade, munidos das mesmas informações sobre o mesmo.

Caso o embargo não for acatado, vamos recorrer ao Tribunal Regional e ao TST. Já estou preparando a matéria”, antecipou. Moreira explicou que o leilão do TLC ocorreu por conta de um “descuido”. O clube tinha uma dívida trabalhista de R$ 1,5 mil. A sentença foi anunciada em setembro de 2009.

OUTRO LEILÃO

A previsão do advogado é que a decisão do juiz sobre o embargo deverá ser anunciada na segunda quinzena de junho.

Enquanto isto, dá expectativa quanto ao outro leilão a ser realizado pela Justiça Estadual, previsto para acontecer na próxima quintafeira (27), segundo edital divulgado na edição de quarta-feira (19), do Jornal do Povo. Pelo edital, o lance mínimo é de R$ 900 mil e o imóvel está orçado em R$ 1,5 milhão. “Caso o embargo não seja acatado, os créditos da Justiça Estadual serão habilitados na Justiça Trabalhista, obedecendo a ordem de pagamento”.

VENDA

No entanto, se o leilão for embargado, a diretoria do clube tentará uma nova venda. Segundo Moreira, existe um comprador interessado no clube.

O objetivo é sanar as dívidas “pequenas” e deixar para o comprador as principais dívidas, como as existentes na Prefeitura e na Previdência Socia