O Agro é Massa destacou que o Brasil caminha para uma safra de café menor em 2025, cenário que pode sustentar preços no curto prazo. De acordo com o programa, o IBGE estimou a produção total em 56,8 milhões de sacas de 60 kg, o que representa queda de 1,4% na comparação anual. Já a Conab projetou 55,2 milhões de sacas, número próximo ao do IBGE e em linha com a percepção de redução de oferta na principal origem global do grão.
Foi estimada pelo IBGE a produção conjunta dos dois grandes grupos de café — arábica e conilon/robusta — com a colheita praticamente encerrada no país. Foi indicada pela Conab uma oferta menor que a do IBGE, mas ainda assim coerente com o quadro de aperto. Portanto, há menos café no mundo, sobretudo porque o Brasil segue o maior produtor global.
Espécies de Café e Distribuição Geográfica
Além disso, o programa explicou as diferenças entre as espécies. O arábica, com perfil de xícara mais doce, predomina em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. O conilon/robusta, por sua vez, ganha força em Espírito Santo — principal produtor — e tem peso ainda na Bahia, Rondônia e Mato Grosso. Essas distribuições, todavia, ajudam a entender como o clima e a logística podem impactar volumes e fluxos de café ao longo do ano.
Monitoramento do Mercado e Ajustes Climáticos
No entanto, como a oferta brasileira ficou menor e a colheita já foi praticamente concluída, o mercado deve monitorar o ritmo de exportações, o consumo interno e eventuais ajustes climáticos em outras origens concorrentes. Assim, bases e prêmios tendem a refletir a disputa por qualidade na entressafra, enquanto a indústria local acompanha custos com atenção redobrada.