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AGRO É MASSA

Corte de tarifa recíproca pelos EUA anima exportadores de carne no Brasil

Redução de 10 pontos percentuais diminui custo da carne bovina brasileira e reacende expectativa por fim da sobretaxa de 40%

Impacto imediato pode aumentar o fluxo de exportações (Foto: Reprodução/ Abiec)
Impacto imediato pode aumentar o fluxo de exportações (Foto: Reprodução/ Abiec)

A decisão dos Estados Unidos de reduzir em 10 pontos percentuais a tarifa recíproca aplicada à carne bovina brasileira foi recebida com otimismo pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). A entidade avalia que o corte, embora limitado, devolve previsibilidade ao setor e reforça o diálogo técnico entre os dois países.

A tarifa total, que era de 76,4%, cai agora para 66,4%. O alívio ainda não elimina a sobretaxa de 40% imposta durante o governo norte-americano, mas abre espaço para a retomada das negociações — incluindo reuniões recentes entre técnicos do Itamaraty e representantes do governo dos EUA.

Segundo o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Roberto Perosa, o impacto imediato pode aumentar o fluxo de exportações, que despencou cerca de 60% após o início da tarifação mais pesada. Antes da sobretaxa, os EUA eram o segundo maior comprador da carne brasileira, atrás apenas da China.

O setor sustenta que a carne enviada aos EUA — majoritariamente cortes do dianteiro usados para hambúrguer e carne moída — não compete diretamente com a produção local, o que fortalece o argumento para retirada da sobretaxação.

A expectativa é de que, com ambiente político mais favorável e pressão da indústria americana, novos anúncios de desoneração ocorram “em breve”, segundo Perosa.

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