
Os dados mais recentes sobre a saúde financeira das empresas do agronegócio brasileiro apontam um cenário de pressão crescente. As recuperações judiciais no agronegócio brasileiro são cada vez mais frequentes. Levantamento da consultoria RGF e Associados mostra que o setor é, proporcionalmente, o que mais concentra companhias em processo de recuperação judicial no país. Esse movimento, portanto, enfatiza as recuperações judiciais no agronegócio brasileiro e vem se intensificando desde 2023.
No terceiro trimestre de 2025, foram registradas 443 empresas do agro em recuperação judicial. Recuperações judiciais no agronegócio brasileiro representam uma alta de 60,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Isso equivale a aproximadamente 12 empresas em recuperação a cada 1.000 companhias do setor. Em contraste, na indústria de transformação, o número fica em torno de seis a cada 1.000. A consultoria classifica o momento como um trimestre turbulento, com crescimento forte e contínuo na série histórica.
Embora boa parte dos casos envolva grandes grupos, o avanço desses indicadores reflete, de forma mais ampla, as dificuldades financeiras enfrentadas na cadeia produtiva. Perdas de safra, custos elevados, oscilações de preços e juros altos reduziram margens de forma significativa. Em muitos casos, o fluxo de caixa ficou pressionado, e a capacidade de honrar compromissos foi comprometida dentro do contexto das recuperações judiciais no agronegócio brasileiro.
Percepção dos Bancos
Em paralelo, a Caixa Econômica Federal, um dos bancos públicos que operam no crédito ao agronegócio, registrou aumento importante na inadimplência. No conjunto das operações, o índice do banco subiu de 2,66% para 3%. No segmento do agro, o salto foi de 7% para 11,2% no período analisado. Na avaliação da direção da Caixa, as recuperações judiciais no agronegócio brasileiro revelam que houve, em anos recentes, excesso de crédito. Isso estimulou, em parte dos casos, a acumulação de terras em vez de investimentos diretamente produtivos.
O banco sinaliza que pretende adotar postura mais firme na cobrança. Produtores afetados por fatores externos – como clima, quebra de safra ou problemas de mercado – devem ter acesso a renegociações e alongamento de prazos. Entretanto, situações classificadas como quebra de confiança ou má gestão deliberada serão tratadas com mais rigor. Isso é uma tentativa de conter o avanço da inadimplência sem abandonar quem foi atingido por eventos fora de seu controle.
Perspectivas para 2026
Para o campo, a leitura é clara: o ciclo de crédito abundante e barato diminuiu. Além disso, 2026 deve exigir ainda mais disciplina na gestão financeira. Organizar contas, revisar custos, calibrar investimentos e avaliar com cuidado novas dívidas tende a ser determinante para atravessar um ambiente que combina oscilações de mercado, riscos climáticos e exigências maiores de bancos e fornecedores, especialmente considerando as recuperações judiciais no agronegócio brasileiro.
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