Traições, conspirações e aproveitadores são os receios do ex-presidente Jair Bolsonaro nas próximas eleições. Ele está montando um esquema de vigilância no PL em Mato Grosso do Sul para combater os políticos que se aproximam para ganhar eleições e depois traem e conspiram para destruí-lo.
Ele cita aos seus aliados no estado o caso da senadora Soraya Thronicke, do União Brasil. Bolsonaro sente-se apunhalado pelas costas por ela. De uma desconhecida política, Soraya surpreendeu nas urnas sendo eleita senadora na onda do bolsonarismo. Depois ela assumiu o comando do PSL Estado e excluiu da cúpula os amigos do ex-presidente, deputado estadual Coronel Davi e Rodolfo Nogueira, hoje deputado federal. A briga entre eles virou caso de polícia.
No Senado, Soraya foi acusada de conspirar contra Bolsonaro e acabou depois virando adversária na disputa presidencial.
Este tipo de traição, Bolsonaro quer evitar não só em Mato Grosso do Sul como também em outros estados.
Por este motivo, ele pediu ao presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, para trocar a presidência do partido em Mato Grosso do Sul. Sai o deputado federal Rodolfo Nogueira, amigo particular do ex-presidente, e entra o também deputado federal Marcos Pollon. A mudança não significa a desconfiança de Bolsonaro com Nogueira. Ele deu a Pollon a missão de fortalecer o PL e esmagar os traidores nas eleições em Mato Grosso do Sul.
Um dos alvos é a Soraya Thronicke. Bolsonaro quer lançar ou apoiar um candidato com força para impedir a reeleição de Soraya em 2026. Mas as eleições municipais serão a base para a construção de uma estrutura forte contra os traidores. O PL precisa eleger um grande número de prefeitos, muito mais que o União Brasil, para derrotar a Soraya.
Outra meta de Bolsonaro é construir uma base forte, a partir da eleição de prefeitos e vereadores, para dar sustentação a sua eventual candidatura a presidente da República. No caso do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), decretar a sua inelegibilidade, a ideia de Bolsonaro é jogar todo o peso da estrutura partidária e seu cacife político em cima de outro nome ligado ao seu grupo para retomar a presidência das mãos de Lula.
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