Durante o mês de maio, a campanha de conscientização sobre o câncer bucal ganha destaque no Brasil. Em entrevista à manhã da Massa nesta sexta-feira (9), o dentista Rafael Menezes, da Odonto Clinic, ressaltou os perigos da doença e como a prevenção pode começar com atitudes simples do dia a dia.
O que é o Câncer Bucal?
Segundo o especialista, o câncer bucal é um tipo de tumor que resulta do crescimento descontrolado de células na cavidade oral. Fatores como tabagismo, consumo excessivo de álcool, má higiene bucal e o uso de próteses mal ajustadas podem aumentar significativamente os riscos.
“É uma doença que pode ser silenciosa e, se detectada tardiamente, compromete a eficácia do tratamento”, afirmou Menezes.
O dentista explicou que lesões persistentes, feridas que não cicatrizam, manchas avermelhadas ou esbranquiçadas e nódulos no pescoço ou garganta podem ser sinais de alerta. Em estágios mais avançados, também podem ocorrer dificuldade para falar, mastigar ou engolir, além de sangramentos incomuns.
A Importância da Higiene Bucal
A má higiene bucal, segundo o especialista, facilita a proliferação de bactérias que provocam inflamações crônicas. Essas inflamações, ao persistirem, podem causar alterações celulares e predispor ao desenvolvimento de tumores. O mesmo risco é observado em pacientes que utilizam próteses dentárias mal adaptadas, que geram feridas constantes e irritações na gengiva.
Outro ponto abordado por Rafael Menezes foi a importância da alimentação. Ele afirmou que “uma dieta balanceada e a prática de atividades físicas fortalecem o sistema imunológico, contribuindo para a prevenção de diversas doenças, inclusive o câncer“.
Detecção Precoce e Autoexame
Para auxiliar na detecção precoce, Menezes recomenda o autoexame da boca, que deve ser feito por todas as pessoas, especialmente aquelas com mais de 40 anos. O procedimento é simples: basta observar, em frente ao espelho e com boa iluminação, todas as partes da cavidade oral e palpar a região do pescoço.
“Se notar qualquer alteração, procure um dentista. A prevenção é sempre o melhor caminho. Consultas de rotina a cada seis meses podem evitar complicações graves”, concluiu.
Confira a entrevista completa: