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DISPUTA FUNDIÁRIA

Conflito em Caarapó: Riedel classifica ação como criminosa e reforça atuação da polícia

Final de semana foi de tensão na Fazenda Ipuitã com incêndios em maquinário e na sede da propriedade

Riedel entrega obra e realiza visita em Dourados (Foto: Jhonatan Xavier/ Massa Dds)
Riedel entrega obra e realiza visita em Dourados (Foto: Jhonatan Xavier/ Massa Dds)

Em meio a uma nova ocupação de propriedade rural em Caarapó, no Mato Grosso do Sul, o governador Eduardo Riedel afirmou nesta segunda-feira (27), durante agenda pública em Dourados, que a ação ocorrida no último sábado (25) configura um crime e destacou a atuação das forças de segurança.

“A ação foi criminosa. Invadir uma propriedade privada, incendiar benfeitorias, levar animais vivos, incendiar maquinário. Isso é uma ação criminosa. E para tratar de ação criminosa é a polícia que está tratando disso, com muita veemência”, disse Riedel.

O governador também afirmou que é preciso separar essas ocorrências de políticas públicas voltadas às comunidades indígenas.

“Não podemos confundir política pública para as comunidades indígenas, que vamos manter firme, com ações de pequenos grupos aliciados por interesses que não têm nada a ver com a questão indígena”.

Segundo a Polícia Militar de Mato Grosso do Sul (PMMS), o acionamento ocorreu via 190, com relato de um grupo de cerca de 50 indígenas armados que invadiu a Fazenda Ipuitã, expulsou o caseiro e provocou incêndios em maquinário e na sede da propriedade. Equipes policiais e do Corpo de Bombeiros foram deslocadas ao local para garantir a segurança das pessoas e restabelecer a ordem pública.

Tensões e Operações Policiais

Nos últimos dias, ações semelhantes na região têm motivado operações policiais para conter conflitos. A PMMS reforça que atua sempre de forma técnica, legal e proporcional, garantindo o cumprimento da lei e a segurança da população.

Em resposta, os povos indígenas Guarani e Kaiowá emitiram nota repudiando as acusações de invasão. Segundo a liderança indígena, a área é território tradicional, reconhecido oficialmente pelo Estado brasileiro desde 2011, e a retomada foi legítima e pacífica. “Não houve invasão armada, mas sim uma retomada legítima e pacífica de território ancestral”, afirmam. A nota também critica discursos de ódio e racismo que surgiram nas redes sociais após o episódio.

Investigação e Acompanhamento da Situação

O caso segue sob investigação, enquanto autoridades estaduais e federais acompanham a situação para buscar soluções que preservem a segurança das comunidades e a ordem pública.

Confira: