Em junho, as contas de energia elétrica em Mato Grosso do Sul e em outras partes do país sofrerão um aumento devido à mudança para a bandeira vermelha, no patamar 1, conforme anunciado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Com essa medida, os consumidores terão um custo extra de R$ 4,463 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
O que causa o aumento na conta de luz?
A decisão de ativar a bandeira vermelha foi tomada diante de uma previsão de redução na geração de energia hidrelétrica no Brasil, com base nos níveis de afluência de água abaixo da média.
O Operador Nacional do Sistema (ONS) indicou que a redução da geração hidrelétrica aumentará a necessidade de acionamento de fontes de energia mais caras, como as usinas termoelétricas.
Em maio, o país passou pela transição do período chuvoso para o seco, o que levou à aplicação da bandeira amarela. Nesse período, as previsões de chuvas e vazões nos reservatórios ficaram abaixo da média, o que impactou diretamente na produção de energia.
O que são as bandeiras tarifárias?
O sistema de bandeiras tarifárias, criado pela Aneel em 2015, reflete os custos variáveis da geração de energia elétrica, sendo composto por três níveis: verde, amarela e vermelha.
A bandeira verde, que significa que a geração de energia está com custos mais baixos, não gera acréscimos na conta de luz. Já a bandeira amarela, que foi aplicada em maio, representa um aumento de R$ 1,885 por cada 100 kWh consumidos.
A bandeira vermelha tem dois patamares. No patamar 1, o acréscimo é de R$ 4,463 por cada 100 kWh consumidos. Já no patamar 2, esse valor sobe para R$ 7,877 por 100 kWh.
Impacto financeiro no bolso do consumidor
Com a aplicação da bandeira vermelha, os consumidores podem esperar um aumento significativo na fatura de energia, especialmente nas regiões onde o consumo de eletricidade é mais alto.
*Com informações da Fecomércio