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SAÚDE

Estética irregular e ausência de licença preocupam Vigilância Sanitária em Campo Grande

Ação educativa no Centro reforça alerta sobre riscos em produtos e serviços ofertados no Dia das Mães

Ação educativa no Centro reforça alerta sobre riscos em produtos e serviços ofertados no Dia das Mães
Ação educativa no Centro reforça alerta sobre riscos em produtos e serviços ofertados no Dia das Mães

Em meio ao aumento da procura por serviços de estética e produtos de beleza na véspera do Dia das Mães, a Vigilância Sanitária de Campo Grande lançou nesta semana a campanha “Presente Seguro é Presente de Amor”, com o objetivo de alertar a população sobre os riscos de consumir itens ou procedimentos sem procedência e licença.

Durante a ação realizada no Centro da capital, cerca de 65 auditores da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) abordaram motoristas e pedestres para reforçar orientações sobre segurança sanitária.

A principal preocupação recai sobre clínicas de estética e salões de beleza que operam sem autorização legal, além da comercialização de cosméticos irregulares.

“Essa época do ano tem um aumento na busca por procedimentos estéticos e produtos de beleza. Mas é preciso cuidado: um presente mal escolhido pode trazer efeitos colaterais, como reações adversas ou contaminações”, alertou a coordenadora da Vigilância Sanitária, Renata Sanches.

Segundo a coordenadora de Julgamento e Consultas da Sesau, Larissa Cavaretto, o setor de estética é hoje o maior foco de irregularidades. A facilidade para abrir serviços desse tipo, muitas vezes sem a formação adequada, é apontada como um dos fatores que explicam a situação.

“Infelizmente, temos visto muita gente oferecendo procedimentos invasivos ou com produtos sem controle, colocando a saúde do consumidor em risco”, afirmou.

Além do segmento estético, a fiscalização também identificou irregularidades em ópticas e drogarias. Um dos principais problemas nesses locais é a atuação de profissionais sem habilitação ou a ausência do farmacêutico durante todo o funcionamento da farmácia — o que é obrigatório por lei.

Apesar do caráter educativo da campanha atual, Larissa reforça que, em casos graves ou de reincidência, a Vigilância atua de forma punitiva. As sanções podem incluir multas que variam de R$ 100 a R$ 15 mil, advertências e até interdição do estabelecimento.

A população pode contribuir com denúncias por meio da Ouvidoria do SUS ou pelos canais oficiais da Sesau. Uma das principais recomendações é sempre verificar se o local visitado possui a licença sanitária atualizada e visível ao público — documento que tem validade de um ano e deve ser renovado anualmente.

“A fiscalização existe para evitar problemas futuros. Nosso trabalho é evitar que a pessoa precise recorrer ao sistema de saúde por conta de algo que poderia ter sido prevenido”, resumiu Renata.