No mês internacional de controle à tuberculose, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) realiza campanha de conscientização da doença e apresenta resultados de estudos desenvolvidos em parceria com a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e a Universidade de Stanford – Califórnia, nos Estados Unidos, com a população prisional do Mato Grosso do Sul.
No estado há cinco anos é desenvolvido o Projeto Estratégia de Controle nas Prisões. Segundo o responsável pelo estudo e pesquisador da Fiocruz, Dr. Julio Croda a relação entre população prisional e a comunidade é muito mais próxima do que imaginamos. “Uma pessoa que está em situação privada de liberdade, ela fica por um curto período de tempo nestes ambientes. Ao adquirir a tuberculose retornam para a sociedade e é aí que ocorre a transmissão para os contatos próximos e familiares.”
Segundo o pesquisador, dos novos casos identificados de tuberculose, pelo menos 50% deles tem alguma relação com o sistema prisional, e por isso o controle da tuberculose nesses ambientes traz impacto à comunidade.
No Brasil o Ministério da saúde registrou aumento de 11% nas mortes por tuberculose no país. Ao todo foram 4.569 óbitos em 2020, em 2021 o número aumentos para 5.072. A tuberculose permanece entra as principais doenças respiratórias infecciosas, ficando atrás apenas da Covid-19.
Depois da população carcerários, pessoas em situação de rua, portadores de HIV, imigrantes e comunidade indígenas são as mais atingidas no Brasil pela doença.
A Pandemia agravou o cenário de tuberculose no país, provocando a redução nas notificações. O diagnóstico precoce é fundamental para maiores chances de cura.
Prevenção
A tuberculose e uma doença transmitida através de vias aéreas que ataca principalmente os pulmões. É importante estar atento aos sintomas que ajuda a descobrir a doença precocemente.
O principal sintoma da tuberculose é a tosse persistente, por mais de três semanas, na forma seca ou produtiva – com produção de muco ou catarro. Outros sintomas podem estar presentes como falta de apetite e/ou emagrecimento, febre baixa, geralmente à tarde, suores noturnos, cansaço, dores no peito e falta de ar.
Felizmente, a doença tem cura, o tratamento dura no mínimo seis meses e é gratuito, está disponível no SUS (Sistema Único de Saúde).
*Com informações de Minitério da Saúde e Assessoria de Comunicação SES