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SEGURANÇA PÚBLICA

Facções podem ser classificadas como terroristas, após aprovação de urgência de PL na Câmara

Projeto amplia a definição de terrorismo e pode ser votado a qualquer momento

Proposta pode ser votada no plenário a qualquer momento, a partir de agora - Foto: Reprodução/Câmara dos Deputados
Proposta pode ser votada no plenário a qualquer momento, a partir de agora - Foto: Reprodução/Câmara dos Deputados

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou na segunda-feira (26) a urgência para o PL 1.283/2025, projeto de lei que amplia a definição de terrorismo para incluir facções criminosas e milícias privadas.

Com a aprovação da urgência, a proposta pode ser votada no plenário a qualquer momento, sem a necessidade de passar pelas comissões.

O projeto, de autoria do deputado Danilo Forte (União-CE), altera a Lei Antiterrorismo (Lei 13.260 de 2016), incluindo como terrorismo ações de organizações criminosas que visem dominar territórios e causar terror social, afetando a paz pública e a segurança da população.

Além disso, a proposta estabelece penas mais severas para crimes de terrorismo cometidos por meio de recursos cibernéticos.

Contexto e justificativa

A aprovação do PL ocorre menos de um mês após o governo dos Estados Unidos solicitar ao Brasil que classifique facções criminosas como organizações terroristas. O

O deputado Danilo Forte justificou a proposta, afirmando que ela permitirá que as autoridades brasileiras utilizem instrumentos usados no combate ao terrorismo para lidar com o crime organizado, especialmente no que diz respeito ao controle territorial exercido por facções criminosas.

Reações e debate no Congresso

O governo federal se posicionou favoravelmente à urgência do projeto, mas José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara, alertou que ainda não há consenso sobre o mérito do PL, que será debatido posteriormente.

Por sua vez, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), defendeu a necessidade de um amplo diálogo sobre a proposta, afirmando que a segurança pública é uma prioridade urgente.

“Vamos atuar dentro da lei, respeitando nossa Constituição e o Estado Democrático de Direito”, disse Motta.

*Com informações da Agência Brasil