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Golpista simula perseguição policial para enganar e extorquir morador em Ponta Porã

Homem de 24 anos criou cenário falso com fotos e mensagens para forçar transferências que somaram mais de R$ 50 mil

Extorsão ocorreu em Ponta Porã - Foto: Divulgação/PCMS
Extorsão ocorreu em Ponta Porã - Foto: Divulgação/PCMS

Um homem de 24 anos foi preso em Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai, suspeito de aplicar um golpe de extorsão que envolveu a simulação de uma perseguição policial. De acordo com a Polícia Civil, o autor inventou uma falsa operação com “policiais armados” e usou o medo da vítima para forçá-la a transferir mais de R$ 52 mil via PIX.

As investigações começaram depois que o morador registrou boletim de ocorrência relatando ter recebido mensagens do ex-funcionário, que afirmava haver dois homens armados em uma caminhonete circulando perto de sua casa. O suspeito dizia que os indivíduos seriam “policiais” investigando supostas irregularidades cometidas pela vítima.

Pressionado e com medo, o homem realizou seis transferências bancárias, totalizando R$ 52 mil, e ainda recebeu nova exigência de R$ 20 mil. A equipe da 1ª Delegacia de Polícia de Ponta Porã montou uma campana e prendeu o intermediário, conhecido como “Chiquito”, no momento em que ele foi buscar o dinheiro.

Durante a abordagem, o suspeito alegou não saber a quem entregaria os valores e afirmou se comunicar apenas com supostos comparsas por telefone. No entanto, as ligações feitas pelos investigadores mostraram que os números usados nas conversas pertenciam aos celulares do próprio autor, revelando que a “quadrilha” era fictícia.

Os policiais também descobriram que o suspeito é cunhado do destinatário das transferências e tinha uma dívida pessoal com a vítima, o que reforçou o motivo financeiro para o crime.

Em buscas na residência do investigado, foram encontrados dois celulares escondidos — um dentro de um cesto de lixo e outro embaixo do colchão.

As fotos enviadas à vítima, que mostravam supostos policiais armados, também foram analisadas e identificadas como montagens produzidas pelo próprio suspeito. Em uma delas, ele aparece em frente à própria casa, simulando estar sendo seguido.

Pouco depois de receber o dinheiro, o autor comprou uma motocicleta nova e um veículo — o mesmo em que havia sido preso no dia anterior, por receptação. Após ser ouvido com a presença de advogado, o suspeito negou o envolvimento do cunhado e permaneceu em silêncio sobre as demais acusações.

Os aparelhos apreendidos e as provas coletadas seguem sob análise da Polícia Civil, que continua as investigações para esclarecer todos os detalhes do caso.

*Com informações da PCMS