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SAÚDE É MASSA

Hemosul completa 37 anos e alerta para queda nas doações de sangue durante as festas

Instituição registra queda nos estoques de sangue dos tipos O positivo e O negativo, às vésperas do Natal e Ano Novo

Marina Torres no estúdio da Rádio Massa Campo Grande (Foto: Ana Lorena Franco/ Massa CG
Marina Torres no estúdio da Rádio Massa Campo Grande (Foto: Ana Lorena Franco/ Massa CG

O Hemosul de Mato Grosso do Sul completou 37 anos de atuação em 2025, mas a data é marcada por um alerta: a queda nos estoques de sangue, especialmente dos tipos O positivo e O negativo, justamente às vésperas das festas de Natal e Ano Novo.

Segundo a coordenadora do Hemosul, Marina Torres, o período de fim de ano costuma provocar redução no número de doadores por causa das férias, viagens e aumento do consumo de bebida alcoólica, que impede temporariamente a doação. “O sangue não tem substituto. Mesmo nesse período, os pacientes continuam precisando”, afirma.

De acordo com Marina, os estoques mais críticos são os de O positivo e O negativo, considerados essenciais por serem amplamente utilizados em situações de emergência. Outros tipos também apresentam queda, embora em níveis menos preocupantes.

O desafio é agravado pelo prazo de validade dos hemocomponentes. Enquanto o concentrado de hemácias pode ser armazenado por até 42 dias e o plasma por até um ano, as plaquetas têm validade de apenas cinco dias, o que exige um fluxo contínuo de doações. A meta mínima do Hemosul é de 130 doadores por dia para atender a demanda.

A coordenadora reforça que homens podem doar sangue a cada dois meses, com até quatro doações por ano, enquanto mulheres devem respeitar intervalo de três meses, com até três doações anuais. Para quem consumiu bebida alcoólica, o impedimento é temporário: 12 horas, podendo chegar a 24 horas em caso de consumo excessivo.

Marina Torres também destaca que o doador não deve ir em jejum. A orientação é fazer uma refeição leve, manter-se hidratado antes e depois da doação e responder com sinceridade ao questionário de triagem. “Quanto mais sinceras as respostas, mais seguro é o sangue”, diz.

Além de ajudar a salvar vidas, o processo de doação inclui uma bateria de exames para doenças transmissíveis, o que contribui para a segurança transfusional e para o acompanhamento da saúde do doador.

Com o aumento de viagens e acidentes nas rodovias durante o fim de ano, a necessidade por sangue tende a crescer. Por isso, o Hemosul de Mato Grosso do Sul faz um apelo para que a população não deixe a doação para depois das festas.

Os horários de atendimento são especiais neste período, com funcionamento reduzido em alguns dias. A recomendação é que os doadores consultem previamente os horários e compareçam às unidades antes de viajar ou participar das confraternizações.

Acompanhe a entrevista completa: