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AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA

Justiça mantém prisão de ex-vereador alvo da 4ª fase da Tromper

Claudinho Serra é acusado de fraudar licitações e desviar recursos públicos da Prefeitura de Sidrolândia

Ex-vereador de Campo Grande, Claudinho Serra - Foto: Arquivo
Ex-vereador de Campo Grande, Claudinho Serra - Foto: Arquivo

Após audiência de custódia, realizada nesta sexta-feira (6), a Justiça decidiu manter o mandado de prisão preventiva do ex-vereador de Campo Grande Cláudio Jordão de Almeida Serra Filho, o Claudinho Serra, investigado por corrupção.

O ex-vereador foi preso novamente nessa quinta-feira (5), na 4ª fase da Operação Trumper, que investiga um esquema criminoso de fraudes em licitações e contratos administrativos com a Prefeitura de Sidrolândia. Ele seguirá detido por 90 dias, em regime fechado, conforme determinação da Vara Criminal de Sidrolândia.

Segundo as autoridades, os contratos sob apuração somam cerca de R$ 20 milhões ao longo das quatro fases da investigação, realizada pelo Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC) e Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público Estadual (MPMS).

Também passaram por audiência de custódia outros dois investigados no esquema criminoso, sendo Cleiton Nonato Correia, dono da GC Obras de Pavimentação Asfáltica Ltda – apontado como empresário ‘laranja’ -, e Carmo Name Júnior, considerado o braço-direito de Claudinho Serra. A Justiça manteve a prisão preventiva de todos os envolvidos.

De acordo com os investigadores, o grupo atuava com divisão de tarefas, uso de empresas de fachada e apoio de servidores públicos para manipular concorrências. As empresas envolvidas, muitas vezes sem qualquer estrutura operacional ou experiência técnica, apresentavam propostas abaixo do valor de mercado para afastar concorrentes legítimos.

Após vencerem os certames, não cumpriam os contratos, mas mesmo assim recebiam os valores devidos. Parte dos recursos era desviada para integrantes da organização e usada no pagamento de propinas a funcionários públicos. Os crimes identificados incluem fraude à licitação, corrupção passiva, peculato e organização criminosa.

O ex-vereador de Campo Grande, apontado como chefe do grupo, já havia sido preso na fase 3 da operação, em abril de 2024, quando foi liberado mediante uso de tornozeleira eletrônica. Entretanto, segundo a apuração, a organização voltou a operar mesmo com as medidas judiciais em vigor.

As fases 1 e 2 da Operação Tromper ocorreram em 2023. Desde então, a investigação evolui com base em documentos, escutas e movimentações financeiras, reforçando a suspeita de um esquema sistemático de apropriação indevida de verbas públicas por meio de processos licitatórios simulados.

Até o fechamento desta reportagem a produção do Portal RCN67 não conseguiu contato com a defesa dos acusados.

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