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SAÚDE

Mortalidade materna cai em Mato Grosso do Sul, mas índice ainda está acima da meta da ONU

Em cinco anos, estado reduziu pela metade a taxa de mortes maternas, mas precisa avançar para atingir o índice recomendado até 2030

Estado precisa avançar para atingir o índice recomendado até 2030 - Foto: Arquivo/Andre Borges/Agência Brasília
Estado precisa avançar para atingir o índice recomendado até 2030 - Foto: Arquivo/Andre Borges/Agência Brasília

A mortalidade materna em Mato Grosso do Sul apresentou queda significativa nos últimos cinco anos. O estado reduziu de 50,34 mortes por 100 mil nascidos vivos, em 2019, para 39,92 em 2024, conforme dados mais recentes.

O avanço ocorre em um contexto de esforço global para reduzir o número de mulheres que morrem durante a gestação ou até 42 dias após o parto. A meta, estabelecida pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, é chegar a menos de 30 mortes maternas por 100 mil nascidos vivos até 2030.

Apesar da melhora, Mato Grosso do Sul ainda está acima desse parâmetro.

Impacto da pandemia de Covid-19

O principal ponto fora da curva nesse processo de redução ocorreu em 2021, ano em que o estado registrou 54 óbitos maternos e a maior Razão de Mortalidade Materna (RMM) da série: 128,04 por 100 mil nascidos vivos.

O número, mais que o dobro do registrado antes da pandemia, foi atribuído aos efeitos da Covid-19, que impactou diretamente a assistência à saúde das gestantes e puérperas.

Nos anos seguintes, o índice voltou a cair:

  • 2022: 23 óbitos e RMM de 56,81
  • 2023: 22 óbitos e RMM de 54,68
  • 2024: 15 óbitos e RMM de 39,92

O número de nascidos vivos também apresentou queda gradual, de 43.695 em 2019 para 37.571 em 2024.

Data reforça importância da saúde materna

O tema ganha destaque nesta quarta-feira (28), quando se celebra o Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna e o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher.

A data busca chamar atenção para a importância do acesso aos serviços de saúde durante o pré-natal, o parto e o puerpério como forma de evitar mortes evitáveis.

*Com informações do Governo de MS