Veículos de Comunicação

FALTA DE MEDICAMENTOS

MP cobra soluções para desabastecimento de medicamentos em Campo Grande

Reunião discute desabastecimento de medicamentos na rede pública de Campo Grande
Reunião estabeleceu prazo de 15 dias para relatório e medidas contra falta de medicamentos em Campo Grande. Foto: Divulgação

Uma reunião realizada nesta terça-feira (16) discutiu o grave desabastecimento de medicamentos na rede pública de saúde de Campo Grande. O encontro integra o inquérito civil que investiga falhas na gestão da Assistência Farmacêutica da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau).

O encontro contou com a presença de promotores de Justiça e representantes da Sesau, Secretaria Municipal da Fazenda e Secretaria de Licitações e Contratos. Durante as discussões, foi destacada a falta recorrente de medicamentos que compõem a Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (Remune). Inspeções anteriores em unidades de saúde, UPAs e no almoxarifado identificaram falta sistêmica de itens. Além disso, houve problemas na integração entre os sistemas de estoque e de gestão.

Desabastecimento de medicamentos e ações da Sesau

Os representantes da Sesau reconheceram as falhas e informaram que um novo sistema, o e-SUS AF, está sendo implantado. A previsão é de conclusão em até 60 dias. Também citaram licitações, compras emergenciais e negociações com fornecedores para quitar débitos e restabelecer o fornecimento.

A situação dos medicamentos psicotrópicos foi considerada uma das mais críticas. Foi ressaltado que a falta de itens tem levado ao aumento da judicialização, gerando custos adicionais para a administração municipal.

Medidas Adotadas e Prazos Definidos

Ao término da reunião, ficou definido um prazo de 15 dias úteis para que a Secretaria da Fazenda apresente informações detalhadas sobre débitos com fornecedores. Também deverá ser entregue pelo Comitê de Gestão da Saúde Pública um relatório atualizado com a lista de fornecedores, andamento de licitações e o cronograma para implantação do novo sistema.

A administração municipal foi cobrada a adotar medidas imediatas e eficazes para normalizar o abastecimento. Assim poderão garantir a continuidade do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).