
As novas ambulâncias recebidas por Campo Grande seguem sem circular pelas ruas da capital. A informação foi confirmada pela prefeita Adriane Lopes (PP) nesta terça-feira (10).
Segundo ela, os veículos ainda estão em fase de documentação e só devem começar a operar após o vencimento de um contrato emergencial de locação, previsto para 8 de julho.
“Recebemos seis ambulâncias em dezembro e mais sete em abril. Mas não basta pôr placa. Tem que ter seguro obrigatório e seguir protocolos. Está tudo dentro da legalidade”, afirmou a prefeita.
Contrato de locação ainda em vigor
Atualmente, o serviço de transporte de urgência conta com 15 ambulâncias em operação, sendo 10 delas alugadas. O contrato emergencial de locação foi firmado por um ano e, segundo Adriane Lopes, custaria menos aos cofres públicos do que manter uma frota própria.
“O custo de uma ambulância circulando é de R$ 35 mil por mês. Com a locação, pago R$ 15.800 com seguro, troca e substituição. É muito mais barato”, justificou.
A prefeita argumentou que encerrar o contrato antes do prazo causaria mais prejuízo ao município do que esperar o fim da vigência. Ela garantiu que, após o encerramento, as novas ambulâncias começarão a atender a população, já com toda a documentação e seguros em dia.
MP acompanha o caso
A situação gerou questionamentos, inclusive por parte do Ministério Público, que apura os motivos pelos quais os veículos novos permanecem inativos. O órgão recebeu uma notícia de fato sobre o caso e acompanha o andamento.
Em 2023, Campo Grande enfrentou um déficit de ambulâncias que impactou diretamente o tempo de resposta do serviço de socorro. A crise motivou a contratação emergencial que ainda está em vigor.
“Ano passado nós tínhamos um déficit de ambulâncias e isso acarretou em vários problemas de socorro nas pessoas. […] Eu recuperei a qualidade dos atendimentos no SAMU e eu não vou deixar essa qualidade voltar a ser o que era antes, que não tinha o atendimento da população”, afirmou a prefeita.
Estado de emergência
A capital ainda se encontra em estado de emergência por doenças respiratórias. Segundo Adriane, o município mantém diálogo constante com o Governo do Estado e com o secretário estadual de Saúde, Mauricío Simões, para reforço em leitos, pactuação de atendimentos e novos investimentos em estrutura.