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Protetora de animais desde criança e com incentivo da família, Laura Rodrigues de 51 anos dedica a vida cuidando de quase 300 cães e gatos abandonados em Campo Grande. À frente da Organização Não Governamental Amigo Fiel CG, localizada em uma chácara na saída para Rochedinho, a ex-manicure vem enfrentando dificuldades para manter os animais, com alimentação e medicamentos.
Segundo Laura, cerca de 90% dos cachorros tem Leishmaniose e os gastos altíssimos, já que são necessários dois sacos de ração de 20Kg por dia para alimentar os cães, onde pacote custa em torno de R$ 250,00, ou seja, um custo mensal que pode chegar aos R$ 15 mil. Para doar acesse as redes sociais pelo: https://www.instagram.com/fiel_amigocg/.
“Como não existe castração massiva para cães e gatos, eles estão se reproduzindo aleatoriamente, então está um absurdo a quantidade de animais sofrendo com o abandono e maus tratos. Ainda tem a dificuldade para alimentá-los com a ração, que infelizmente depois da pandemia, as doações caíram mais de 80% e a gente opta pela qualidade, então a gente gosta sim de dar uma ração de boa qualidade pra eles, pra que não cause diarreia, vômito, queda de pelos e coisas do tipo”, explica.
Ainda segundo Laura, nove ONGs e cerca de 500 pessoas ajudam as entidades em Campo Grande, mas ainda faltam políticas públicas por parte do governo. Ela faz um apelo às autoridades, pedindo mais incentivo.
“A prefeitura prometeu hospital universitário e não cumpriu, castração massiva e também não cumpriu, por isso que a reprodução dos animais está desenfreada, onde a cada esquina que você vai, tem um animal abandonado. Quero pedir pra todos os políticos, os que foram eleitos pela causa animal ou não. Vereadores, prefeita, governador e deputados, para que enxerguem a situação como ela merece, porque a mesma fome que dói na gente, dói neles”, desabafa.
A Rádio CBN Campo Grande entrou em contato com a prefeitura municipal, que em parceria com a Subsecretaria do Bem-Estar Animal oferece serviços destinados à causa animal. Segundo subsecretária, Ana Luiza Lourenço, pelo último senso realizado pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), na cidade haviam pouco mais de 287 mil animais, sendo 11 mil em vulnerabilidade.
“O monitoramento é feito pelos censos populacionais com os órgãos competentes e através deles encaminhados para as secretarias. Hoje, 10 ONG’s são beneficiadas pela Subea, disponibilizamos mensalmente 600 vagas para a castração de animais, divididas entre ONG’s, protetores e animais em vulnerabilidade”, pontua.