O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Itaquirai e da Unidade de Combate aos Crimes Cibernéticos (UICC/CI), deflagrou nesta quinta-feira (21) a segunda fase da Operação Cyber Fake. A ação investiga crimes digitais ligados a extorsão sexual, estelionato eletrônico e armazenamento de material pornográfico infantojuvenil.
Nesta etapa, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva em Itaquirai. Isso foi com base em novos elementos obtidos a partir da análise de materiais apreendidos na primeira fase da investigação.
A apuração começou após denúncia de uma vítima que relatou ter sido abordada por perfil falso em rede social, induzida ao envio de imagens íntimas e posteriormente ameaçada de exposição. O trabalho investigativo revelou uma estrutura organizada. Ela utilizava identidades digitais fictícias e técnicas de engenharia social para aplicar fraudes e cometer crimes de extorsão sexual virtual.
Foram identificadas diversas vítimas em diferentes estados do país, incluindo adolescentes. O nome da operação faz referência à principal estratégia dos envolvidos: a criação de perfis falsos em redes sociais e aplicativos de mensagens. Isso era feito para enganar as vítimas e obter vantagens financeiras e sexuais.
Combate aos Crimes Cibernéticos e Apoio às Vítimas
As investigações seguem em andamento sob segredo de justiça. Esta é uma medida que visa resguardar a intimidade das vítimas e garantir a efetividade das diligências. O MPMS destacou que atua de forma rigorosa contra crimes cibernéticos e violência sexual digital. Para isso, mobiliza instrumentos legais e tecnológicos para preservar provas, identificar suspeitos e responsabilizá-los criminalmente.
A instituição também reforçou o incentivo à denúncia de casos semelhantes. Informações podem ser encaminhadas à Ouvidoria do MPMS pelo site https://ouvidoria.mpms.mp.br, pelo telefone 127 ou diretamente na Promotoria de Justiça mais próxima.