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Pesquisa aponta que 30% dos eleitores temem expressar preferência política em público

A pesquisa Datafolha revela que 25% dos eleitores entrevistados também preferem não falar das suas preferências politicas no ambiente de trabalho

Eleitores preferem não se manifestarem em locais públicos em quem vai votar nessas eleições - Divulgação: Ag. Brasil
Eleitores preferem não se manifestarem em locais públicos em quem vai votar nessas eleições - Divulgação: Ag. Brasil

A paixão exagerada pela política está fazendo com que a população pense duas vezes antes de expressar suas preferencias políticas. Esse é o caso da estudante de psicologia, Mayara Almeida de Jesus, 28 anos, que para evitar discussões e aborrecimento evita falar qual é o candidato a governo e presidente que ela vai votar. “Antes da campanha eu expunha minhas preferencias politicas aos quatro cantos, mas percebi que eu arranjo discussões desnecessárias e até acabava sofrendo assédio moral de alguns homens que não concordavam com as minhas opiniões”, explica a Mayara de Jesus.

Esse cuidado em não expor em público as preferências políticas não é só o caso da Mayara de Jesus, cerca de 30% dos eleitores brasileiros avaliam os locais públicos como os mais perigosos para expressar preferência política ou de voto, como aponta pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (20).

A pesquisa entrevistou 2.912 pessoas, em 181 municípios, entre os dias 17 e 19 de outubro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com índice de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-07340/2022.

Segundo o levantamento do Datafolha, sete situações foram levantadas sobre os locais e ambientes que as pessoas preferiam não expor sua preferência política. Em primeiro lugar ficou em ambientes público, na sequência local de trabalho (25%) seguido por conversas com a família (24%). Também foram citados: conversa com amigos ou colegas (20%), na igreja ou culto (18%), escola ou faculdade (12%), e respondendo pesquisas de opinião (2%).

Para 13%, a manifestação pública do voto ou da preferência política nessas situações não traz nenhum tipo de problema (entre os que têm 60 anos ou mais o índice sobe para 25%). Outros 3% não opinaram.