A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul agora tem um protocolo específico para cuidar da saúde mental de seus agentes que passam por situações extremas, como tiroteios, acidentes graves ou a morte de colegas de trabalho. A medida foi publicada nesta sexta-feira (9) no Diário Oficial do Estado.
O novo protocolo estabelece que, sempre que um policial for envolvido em um episódio com forte impacto emocional, como um confronto armado ou o atendimento a uma cena violenta, ele deverá receber apoio psicológico e, se quiser, também apoio espiritual.
A ideia é oferecer acolhimento logo nas primeiras 48 horas e evitar que esse tipo de situação cause problemas mais graves, como ansiedade ou depressão.
Acolhimento e Acompanhamento Contínuo
Esse atendimento será feito pela equipe do setor psicossocial da Polícia Civil (CAPE), que poderá ir até o local do ocorrido ou conversar com o policial pela internet, especialmente nos casos que envolvam cidades do interior.
Além do acolhimento inicial, os agentes passarão por sessões de acompanhamento ao longo de semanas e meses, com orientações sobre como lidar com o trauma. Quando for necessário, também será recomendado um afastamento temporário das funções ou até tratamento especializado.
O protocolo também prevê rodas de conversa e treinamentos para que os próprios gestores saibam identificar sinais de sofrimento emocional e oferecer apoio aos colegas. A família do policial poderá participar desse processo, caso ele autorize.
Valorização e Cuidado com a Saúde Mental
Segundo a Polícia Civil, a criação desse protocolo busca valorizar o cuidado com quem trabalha na linha de frente da segurança pública e está exposto, diariamente, a situações de alto risco e estresse.