Após a Polícia Federal do Rio de Janeiro deflagrar a operação "Flórida Heat”, contra o tráfico internacional de armas de fogo, as autoridades de Campo Grande, MS, cumpriram na manhã de hoje (15) um dos mandados de prisão preventiva expedida pela 1ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, contra o ex-policial militar Ronnie Lessa, que está preso na capital sul-mato-grossense desde 2020.
O ex-policial militar cumpre pena pelo envolvimento na morte da vereadora do Rio, Marielle Franco. Lessa foi detido em março de 2019 e posteriormente transferido do Rio de Janeiro para Campo Grande. Segundo informações divulgadas pela Polícia Federal, ao todo são mais de 50 policiais, membros do GAECO/MPF e agentes americanos que cumprem em todo o âmbito da operação, sete mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão. Em Miami, nos EUA, a operação teve apoio da Homeland Security Investigations, HSI, a agência de investigações de segurança interna da Embaixada dos Estados Unidos.
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As investigações, que já duram cerca de dois anos, desvendaram a existência de um grupo responsável pela aquisição de armas de fogo, peças, acessórios e munições nos EUA e, posteriormente, envio ao Brasil. A quadrilha utilizava ainda o auxílio de impressoras 3D para a montagem dos armamentos.
O dinheiro para a compra do armamento era enviado do Brasil para os EUA através de doleiros. As autoridades identificaram um brasileiro, dono de churrascarias em Boston, que recebia parte desse dinheiro e repassava para os alvos residentes nos EUA. Além das medidas judiciais, foi decretado o sequestro de bens, avaliados em cerca de R$ 10 milhões. O nome da operação Flórida Heat faz referência ao estado americano de onde as armas eram enviadas ao Brasil pelo grupo criminoso.
