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LUZ MAIS CARA

Presidente do Conacen fala do impacto de 0,69% no aumento da energia elétrica

Reajuste de 0,69% na energia em MS começa hoje. Rosimeire Costa alerta para uso consciente e custos extras!

Rosimeire Costa, presidente do Conselho Nacional de Consumidores, em entrevista sobre reajuste de energia na Massa FM
Rosimeire Costa, presidente do Conselho Nacional de Consumidores, em entrevista sobre reajuste de energia na Massa FM

A partir desta terça-feira (08), a tarifa de energia elétrica da Energisa em 74 municípios de Mato Grosso do Sul sofreu um reajuste médio de 0,69%, conforme anunciado pela presidente do Conselho Nacional de Consumidores de Energia Elétrica, Rosimeire Costa, no programa “Microfone Aberto” da Massa FM.

O aumento, homologado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), varia entre 0,56% para consumidores residenciais e 0,92% para rurais, impactando a fatura de maio, referente ao consumo de abril.

Detalhes do Reajuste e Impostos

O reajuste aplica-se exclusivamente à área de concessão da Energisa, excluindo cidades como Três Lagoas, Selvíria, Mundo Novo e Anaurilândia, atendidas pela Elektro, cujo contrato só será revisado em setembro.

Segundo Costa, o valor final nas faturas inclui encargos como ICMS, PIS/Cofins e a contribuição de iluminação pública, que varia por município.

“Um quilowatt que custava R$ 0,87 sobe para R$ 0,92, mas com impostos pode chegar a R$ 1,11”, exemplificou, destacando a importância de os consumidores analisarem suas contas para identificar onde economizar.

Conquista do Conselho e Redução do Impacto

A proposta inicial da Aneel previa um aumento maior, baseado no IGP-M de 9,55%, mas foi ajustada após intervenção do conselho estadual.

Com o índice fechado em 8,56% pelo Banco Central, o reajuste foi reduzido. “Conseguimos evitar um impacto maior sem precisar recorrer em Brasília”, afirmou Costa, que também preside o conselho da Energisa em MS.

A relatora da Aneel acatou a sugestão, adiando a homologação de 1º para 8 de abril, resultando em um valor mais acessível.

Alerta para o Período Seco

Com a chegada do outono e inverno, períodos de estiagem até setembro, a presidente alertou para a possível ativação de bandeiras tarifárias mais caras.

“Sem chuvas, os reservatórios das hidrelétricas diminuem, e o despacho de termelétricas, que usam gás ou diesel, pode encarecer a energia”, explicou.

Ela reforçou a necessidade de uso racional da eletricidade para evitar surpresas no bolso, especialmente porque o reajuste não inclui os encargos setoriais, que elevam o custo final.

Defesa por Energia Mais Barata

Representando 89 milhões de consumidores nacionais, Costa criticou a alta carga de subsídios embutida nas tarifas.

“Produzimos uma das energias mais baratas e renováveis do mundo, mas pagamos a quinta mais cara como consumidores finais”, lamentou.

O conselho tem dialogado com o Congresso Nacional e o Ministério de Minas e Energia para reduzir esses custos, sobretudo para proteger consumidores vulneráveis, cujo consumo é inferior ao da África Subsaariana.