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FEMINICÍDIO

Suspeito de feminicídio é preso em área rural de Jardim

Aline Silva foi morta a facadas na frente da filha e da mãe; homem estava foragido desde a noite do crime

Homem insistia em retomar o relacionamento com Aline - Reprodução/Jardim MS News
Homem insistia em retomar o relacionamento com Aline - Reprodução/Jardim MS News

Um homem de 65 anos foi preso na manhã desta quarta-feira (5) pelo feminicídio de Aline Silva, de 28 anos, morta a facadas na noite de terça-feira (4), em Jardim, a 236 quilômetros de Campo Grande. O crime, marcado por extrema violência, ocorreu na rua São Benedito, no bairro Santa Luzia, e elevou para 33 o número de feminicídios registrados em Mato Grosso do Sul em 2025.

Segundo informações da Polícia Militar, o autor foi localizado por equipes da Força Tática em uma fazenda na zona rural do município, após ter passado a noite foragido. Ele havia fugido a pé logo depois do crime, rompendo a tornozeleira eletrônica que utilizava e abandonando o equipamento em uma área de mata. A faca usada no assassinato, com cerca de 25 centímetros de lâmina, foi apreendida na residência do suspeito, no bairro Panorama.

Testemunhas informaram que o autor insistia em retomar o relacionamento com Aline, que havia se recusado a manter contato. O homem tem passagens por tráfico de drogas e estava sob monitoramento judicial.

De acordo com o relato de familiares, Aline foi atacada na frente da filha pequena e da mãe. O homem chegou ao local em um táxi, chamou a vítima no portão e a arrastou pelos cabelos até o quintal, onde desferiu vários golpes de faca. Aline morreu antes da chegada do socorro.

A perícia apontou ao menos dez perfurações no corpo da vítima, atingindo costas, peito, braços e joelho. O Corpo de Bombeiros confirmou o óbito no local, e o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Jardim.

Após a prisão, o suspeito foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Jardim, onde deve responder por feminicídio.

Denúncias de violência doméstica e situações de risco podem ser feitas pelo número 190 ou pelo canal de atendimento à mulher, no 180.