Relatório de inspeção da Divisão de Fiscalização de Atos de Pessoal e Previdência do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MS) referendou a situação de caos financeiro e administrativo na prefeitura de Campo Grande.
Provocados a se manifestar, tanto o ex-prefeito Marquinhos Trad quanto a sua sucessora, Adriane Lopes, apresentaram argumentos frágeis, a maior parte deles sem qualquer comprovação documental, que não convenceram os técnicos do TCE-MS.
Numa primeira análise, os auditores encontraram 20 irregularidades graves nas contas da prefeitura. Trad e Adriane foram instados a se manifestar, o que fizeram apresentando seus argumentos e alguns documentos.
Concluída essa etapa, os auditores analisaram novamente os dados irregulares, desta vez confrontando-os com a defesa apresentada pelos dois gestores.
Das 20 irregularidades graves inicialmente levantadas, os técnicos do TCE-MS concluíram que apenas uma delas foi sanada e, mesmo assim, com ressalva.
A reanálise foi feita para que o TCE-MS possa firmar com a prefeitura o Termo de Ajustamento de Gestão (TAG), uma espécie de acordo que terá de ser fielmente cumprido por Adriane Lopes.
O instrumento de controle é destinado à regularização voluntária dos atos e procedimentos, bem como correção de potenciais irregularidades constatados no âmbito da administração pública sujeita ao controle do TCE-MS.
Uma vez assinado o TAG, a prefeita Adriane Lopes estará reconhecendo as irregularidades apuradas pelo TCE-MS e renunciará ao direito de rediscutir a questão no âmbito do Tribunal, que por sua vez designará equipe para monitorar se a prefeitura estará ou não cumprindo os ajustes firmados.