O Brasil já soma mais de 200 casos suspeitos de intoxicação por metanol, segundo o Ministério da Saúde. Em Mato Grosso do Sul, foram registrados cinco casos sob investigação, três deles em Campo Grande.
Na capital sul-mato-grossense, a Vigilância Sanitária participou, na sexta-feira (4), da Operação Metanol, em parceria com a Polícia Civil e outros órgãos fiscalizadores. A ação teve como objetivo coibir a venda de bebidas alcoólicas adulteradas em bares, restaurantes e comércios ambulantes.
Em entrevista à rádio Massa FM, a superintendente da Vigilância Sanitária de Campo Grande, Veruska Lahdo, destacou que as equipes estão realizando fiscalizações conjuntas e recolhendo amostras suspeitas.
“Encontramos bebidas vencidas e recolhemos amostras em estabelecimentos investigados. Esses materiais foram enviados a laboratórios de referência fora do Estado”, explicou Verusca.
Ela reforçou que a investigação ainda está em andamento e que o resultado dos exames laboratoriais pode demorar devido à demanda nacional. No entanto, na segunda-feira (6), exames preliminares descartaram que a morte do homem de 21 anos, na semana passada (2) em Campo Grande, tenha sido por intoxicação por metanol. Segundo as Secretarias de Estado de Saúde e Justiça e Segurança Publica, as investigações continuam para identificar a causa da morte.
De acordo com a superintendente, os sintomas de intoxicação podem surgir entre 6 e 72 horas após o consumo da bebida adulterada. Entre os sinais estão dor abdominal, náusea, visão turva e perda de visão, que podem evoluir para complicações graves.
“Se a pessoa ingeriu bebida alcoólica e começou a se sentir mal, deve procurar atendimento imediato em uma UPA ou hospital e informar o local onde comprou a bebida”, orientou.
A Vigilância Sanitária lembra que a prática de falsificação e adulteração de bebidas é crime e representa grave risco à saúde. Em Campo Grande, denúncias podem ser feitas pelo telefone (67) 3314-9955, da Ouvidoria da Secretaria Municipal de Saúde.
“Sabemos que é difícil, mas é importante consumir produtos com procedência e desconfiar de preços muito baixos. Na dúvida, não compre e denuncie”, reforçou Verusca.
Até o momento, nenhum caso foi confirmado oficialmente em Mato Grosso do Sul, mas as investigações continuam em andamento.