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Campo Grande, 03 de maio

Após "briga" com prefeitura, presidente do Consórcio Guaicurus quer ser deputado

João Rezende alega que crise no setor do transporte foi um dos motivos para ele buscar ir às urnas em outubro

Por Nyelder Rodrigues
26/04/2022 • 10h57
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Após encampar uma batalha com a prefeitura de Campo Grande para conseguir mais incentivos fiscais e reajustar o preço da passagem, o presidente do Consórcio Guaicurus, João Rezende, se afastou do cargo. Porém, o motivo não foi nenhum desacordo interno ou descanso: ele pretende voos maiores e vai entrar na disputa eleitoral deste ano.

Rezende, nome forte do transporte coletivo da Capital e porta-voz na cidade de um agrupamento de empresas com atuação em vários municípios brasileiros, se licenciou do comando do consórcio para concorrer ao cargo de deputado federal pelo Partido Progressista.

O PP, hoje comandado pela ex-ministra Tereza Cristina, é aliado do tucano Eduardo Riedel, nome governista para a sucessão de Reinaldo Azambuja (PSDB). Coincidentemente, Riedel é o pré-candidato com maior tensão com o ex-prefeito campo-grandense Marquinhos Trad (PSD), tido como um de seus principais opositores nas urnas em outubro.

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"Eu resolvi me afastar para me candidatar. Quero ser deputado federal e vou concorrer a esse cargo. O motivo de querer isso é a crise causada pela pandemia de covid-19 no setor do transporte. Passamos por um momento difícil e precisamos de representação. Tem outro motivos junto, mas esse é um deles", confirmou a reportagem João Rezende.

No embate com a prefeitura, Rezende queria que o valor da tarifa ficasse em R$ 5,50, conforme o valor técnico apurado pela própria Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos). Além disso, foi exigido subsídio para gratuidades, como a dos estudantes.

Assim, Rezende conseguiu para o Consórcio Guaicurus - formado pelas viações Jaguar, São Francisco, Cidade Morena e Campo Grande - uma isenção de R$ 7 milhões em ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza) na casa dos R$ 7 milhões apenas em 2023. 

O valor deve subir para R$ 7,8 milhões em 2024 e para R$ 8,5 milhões em 2025, conforme a projeção orçamentária da prefeitura. Além disso, as gratuidades foram subsidiadas em R$ 4,2 milhões por ano e os passes referentes aos servidores da prefeitura comprados antecipadamente pelo valor técnico de R$ 5,15 - ou seja, um impacto anual de R$ 1,8 milhão.

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