RÁDIOS
Campo Grande, 21 de maio

Capital decreta situação de emergência para casos de Síndromes Respiratórias

Publicação oficial recomenda uso de máscara e higienização com álcool para prevenção de diversos vírus de gripes graves

Por Isabela Duarte
30/04/2024 • 19h00
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No fim da tarde desta terça-feira (30) foi publicado, em edição extra do Diário Oficial, o decreto  que coloca Campo Grande em situação emergência por causa das elevadas taxas de ocupação de leitos na rede própria e contratualizada de urgência e emergência em decorrência do aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave.  Os casos já lotam hospitais e unidades de saúde. A ocupação de leitos está em 100% no sistema público de saúde.

De acordo com a publicação, o período de emergência se estende por 90 dias na Capital. Dentro de 24h, do dia 29 a 30 de abril, foram confirmadas 4 mortes por Influenza A, totalizando 5 mortes no município neste ano.  A secretária Rosana Leite afirma que a recomendação da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) é o uso de máscara, lavagem das mãos e álcool para prevenção do contágio pela gripe. O vírus sincicial respiratório, responsável pelo maior número de casos hoje na Capital, sobrevive por várias horas no ambiente e nas superfícies de uso coletivo, sendo necessário o uso de álcool.

 "Quando nós fazemos uma declaração, além da população entender melhor, se proteger mais, como as mães evitarem saírem muito com os bebezinhos, para eles não adquirem esse vírus, nós também temos a possibilidade de fazer compras dos nossos insumos, dos nossos medicamentos e leitos mais rápido", disse a secretária.

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De acordo com a Sesau, de janeiro até abril foram confirmados 1033 casos de SRAG, com o agravante de que o período de internação aumentou em relação ao ano passado. Um paciente que ficava internado cinco dias, passou a ficar 15 dias no hospital por conta da gripe.

Unidades de Saúde

O número de atendimentos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) também alertou a Secretaria de Saúde. Na segunda-feira passada (22), o atendimento foi de três mil pacientes. Nesta segunda (29), o número foram registrados mais de cinco mil atendimentos em Campo Grande. Por isso, o Centro de Operação de Emergências (COE), para situações epidemiológicas, já foi ativado.

Rosana Leite afirma que o atendimento nas UPAS tem hoje uma espera mínima de mais de duas horas, podendo chegar a quatro horas.

"Essa média é maior entre os pacientes classificados como verde e azul. Nós já aumentamos um médico em todas as nossas unidades para atendimento e dois médicos na unidade da UPA-Leblon, onde tem maior número de atendimento. Fortalecemos também número de enfermeiros e técnicos para classificação de risco e já estamos pensando em outras estratégias para outros profissionais".

Sobre os leitos de Campo Grande, as alas vermelha e amarela e a CTI pediátrica estão operando acima da capacidade. No Hospital Regional, por exemplo, a capacidade era de seis leitos e, nesta semana, 17 pacientes estão internados, sendo quatro entubados.

Durante coletiva de imprensa sobre o decreto de emergência nesta terça-feira (30), a prefeitura afirmou que está em tratativas com a Santa Casa para aumento de leitos no período emergencial.

Vacinação

De acordo com a Sesau, as principais síndromes respiratórias são: vírus sincicial respiratório; Influenza A; Rinovírus e Covid. A tendência para os próximos dias é o aumento de até 95% do número de casos.

A titular da saúde, Rosa Leite, reforça a necessidade da vacinação, que só atingiu 17% do público-alvo em Campo Grande. 

"É importantíssimo a gestante se vacinar, porque os estudos mostram que a partir do momento que ela se vacina, principalmente no último trimestre, ela passa os anticorpos para o bebê. O vírus sincicial respiratório, por frente da influenza, é um vírus que 100% das crianças até os 4 anos terão contato. Porém, a gente sabe que o sistema imunológico fica mais completo a partir do segundo ano. Para a gente, ele não faz nada, mas para o bebê ele pode ser fatal".

Podem se vacinar:

  • Todas as crianças abaixo de 6 anos;
  • Idosos, acima de 65 anos;
  • Pessoas com comorbidades;
  • Pessoas com deficiência;
  • Indígenas, não-aldeados, aldeados e quilombolas;
  • Gestantes e puérperas.

Além das unidades básicas de saúde durante a semana, imunizante da gripe pode ser encontrado em shoppings e unidades especiais aos sábados e domingos.

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