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Campo Grande, 26 de abril

Com suspeita de “vaca louca” em Minas Gerais, frigoríficos devem paralisar atividades em MS

Segundo presidente do Sicadems, indústrias decidiram aguardar confirmação e posicionamento do Ministério da Agricultura

Por Giovanna Dauzacker
02/09/2021 • 12h05
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Frigoríficos de todo o país devem paralisar as atividades até que o caso suspeito de “vaca louca”, identificado em Minas Gerais, seja, ou não, confirmado. Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Frios, Carnes e Derivados de Mato Grosso do Sul (Sicadems), Regis Comarella, a suspensão foi decidida entre as próprias indústrias.

“Estamos no aguardo para ver qual vai ser a posição oficial do Ministério da Agricultura, provavelmente vai haver suspensão até que haja comprovação e saia uma contraprova. Então os frigoríficos decidiram suspender os abates”, explica.

O caso suspeito foi identificado em uma indústria de Belo Horizonte (MG), que tem habilitação para exportar. Se a contraprova der positivo, o setor pode sofrer sanções sanitárias, com suspensões de importações de carne bovina. Segundo informações do portal de notícias UOL, o frigorífico nega a ocorrência.

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De acordo com o presidente do Sicadems, há um acordo sanitário feito entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e outros países para que, caso haja suspeita, as exportações são suspensas. Com isso, para os próximos dias, os preços da arroba devem cair no mercado interno.

“O pessoal vai virar a chave para o mercado interno, consequentemente, deve cair um pouco o preço da arroba, mas ainda é cedo para falar o que vai acontecer. Isso é uma questão de 7 a 10 dias até que se resolva”, conclui.

 

Vaca louca

Popularmente conhecida como “vaca louca”, a encefalopatia espongiforme bovina é uma doença degenerativa, provocada por um tipo de proteína que atinge o sistema nervoso do animal. Os sintomas são agressividade e falta de coordenação. A doença pode ser transmitida para os seres humanos e mata o gado.

O último registro de ocorrência no Brasil foi em 2019, no Mato Grosso. Com relação ao caso no frigorífico mineiro, a especulação é de que se trate de uma situação atípica, quando a enfermidade se desenvolve de forma espontânea, sem risco de contaminação. O animal já foi sacrificado.

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