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Campo Grande, 26 de abril

Corumbá está sob cortina de fumaça há mais de 2 dias por conta de incêndio no Pantanal

Há 106 Bombeiros empenhados na Operação Hefesto para controlar as chamas

Por Rodolfo César/Giovanna Dauzacker
23/08/2021 • 15h30
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Parte de Corumbá está coberta por uma cortina de fumaça decorrente de queimada florestal que começou na sexta-feira (20) de manhã. Desde a tarde do dia 20 até esta segunda-feira (23), toda a região central e bairros próximos estão cobertos pela densa camada de fumaça.

Corumbá aparece entre os 20 municípios brasileiros com mais focos de calor entre os dias 22 e 23 de agosto. Os dados são do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). São 24 focos nesses dois últimos dias, entre eles o fogo na região do Paraguai Mirim que poluiu parte da cidade com muita fumaça.

No Estado, Porto Murtinho tem situação mais crítica na zona rural, com 68 focos de calor. A cidade na fronteira com o Paraguai é o terceiro município com mais focos no Brasil entre o domingo e esta segunda-feira. A liderança desse triste ranking está com São Félix do Xingu, no Pará, com 88 focos.

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Para controlar o incêndio florestal nos arredores de Corumbá, os Bombeiros utilizaram duas aeronaves e foram necessários 10 mil litros de água na operação. Neste domingo (22), 36 novos militares chegaram à cidade para dar apoio e fazer o revezamento de linha de frente no combate às chamas. As equipes estão empenhadas no âmbito da Operação Hefesto, de combate a incêndios florestais, e já está em seu 52º dia de atuação.

O grupamento total disponível para debelar as chamas no Pantanal chega a 106 Bombeiros. Eles atuam em mais de uma frente. Nesta segunda-feira, por exemplo, há grupos nas proximidades de Corumbá (Paraguai Mirim); no Nabileque, especificamente na região do Carandazal, onde sete pontes de madeira foram destruídas; e na rodovia BR-262.

Além dos Bombeiros, há trabalho conjunto com Exército, Marinha, Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Prefeituras de Corumbá e Ladário para combater os incêndios florestais.

“Temos três frentes de ataque; uma é na Estrada do Carandazal, outra na região do Paraguai Mirim e nesta manhã, uma guarnição deslocou-se para atender foco registrado próximo à rodovia, cerca de 50 quilômetros de Corumbá. As condições atmosféricas não são favoráveis. A vegetação está muito seca, o que é propenso à propagação do fogo”, detalha a tenente-coronel dos Bombeiros e comandante da Operação Hefesto, Tatiane Dias.

Conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inpe), Corumbá e Ladário estão em faixa de perigo de onda de calor pelo menos até o dia 24 de agosto. Há previsão que os termômetros cheguem a 41º C, enquanto a umidade relativa do ar fique abaixo dos 20%, favorecendo os incêndios. Os ventos de mais de 16 km/h também ajudam as chamas a se espalharem.

As queimadas em todo o Estado estão proibidas pelo Imasul (Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do SUL), mesmo para as propriedades e empreendimentos que têm licença. A Polícia Militar Ambiental e o Ministério Público Estadual estão conduzindo apuração para verificar a autoria dos incêndios registrados no Pantanal.

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