RÁDIOS
Campo Grande, 18 de maio

Máxima tem um agente penal para cada 240 presos

Agentes penais se mobilizaram em frente ao Estabelecimento Penal "Jair Ferreira de Carvalho", pedindo melhorias. Penitenciária registrou duas fugas na última segunda-feira (4)

Por Fernando de Carvalho e Gerson Wassouf
06/03/2024 • 10h30
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Após a fuga de internos da Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande no início da semana, policiais penais que atuam no local se mobilizaram na manhã desta quarta-feira (6) pedindo melhores condições de trabalho.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de Mato Grosso do Sul (Sinsap/MS), André Santiago, a situação da máxima é crítica e, por conta da jornada exaustiva, muito servidores tem adoecido. "Nós temos 10 servidores somente de plantão para cuidar de 2.400 detentos. Na divisão dos postos, que são importantes, nós temos uma realidade absurda, que é um servidor, dentro do pavilhão, cuidando de 900 detentos. Tirando a Penitenciária de Dourados, nenhuma do interior tem 900 detentos. A realidade da máxima é absurda", afirmou.

Dados obtidos pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), mostram que o estado presenta o terceiro maior índice de presos em relação ao total de servidores em custódia. Em média, há um agente penal para cada 15 detentos, ficando atrás apenas de Pernambuco e Rio de Janeiro.

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A transferência de presos para a Penitenciária Máxima da Capital é outro ponto questionado pelo presidente da Sinsap/MS. "Porquê presos de unidades que têm históricos de tentativas de fuga, são encaminhados para a máxima, que é uma unidade que hoje já não tem mais a segurança devida, não tem mais as características de períodos atrás?", questionou.

Para melhorar a segurança no local, nota da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), informou que "foi ativada a vigilância de mais uma torre da muralha, com policial penal armado 24 shoras por dia. Adaptações estão sendo realizadas para que as torres de vigilância não fiquem desguarnecidas".

As informações fornecidas pela Agepen também confirmaram o trabalho exaustivo relizado pelos servidore.

"Os policiais estão em constante capacitação e se revezam no monitoramento da unidade penal. Para suprir a demanda de atendimento interno, horas extras são realizadas durante o expediente", conforme trecho de nota oficial da Agência.

Confira a nota da Agepen na íntegra:

"O Estabelecimento Penal “Jair Ferreira de Carvalho”, em Campo Grande, conta com moderno sistema de videomonitoramento, inclusive com câmeras do tipo speed dome, com alto poder de resolução e aproximação.  

Para aumentar a segurança da unidade penal, foi ativada a vigilância de mais uma torre da muralha, com policial penal armado 24 shoras por dia. Adaptações estão sendo realizadas para que as torres de vigilância não fiquem desguarnecidas.

Importante pontuar que há revezamento no sistema monitoramento por câmeras, o policial penal fica por duas horas, assim como ocorre nas torres.

Além disso, os policiais estão em constante capacitação e se revezam no monitoramento da unidade penal. Para suprir a demanda de atendimento interno, horas extras são realizadas durante o expediente. 

Como forma de estruturar ainda mais os trabalhos, diversas entregas já foram concretizadas, dentre elas, viaturas novas e armas de fogo para atuação na vigilância de muralhas e escoltas de presos, bem como, pistola.40 para uso individual dos policiais penais.

Em relação aos equipamentos de fiscalização, já estão em funcionamento, aparelhos de raio-x para vistoria de objetos, body scan, portal detector de metal, modernização do sistema de monitoramento de câmeras e novas centrais de cerca elétrica.

O aperfeiçoamento é constante e uma preocupação da gestão da Agepen e da direção da unidade penal."

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