Populares têm aderido à greve e prestado auxilio aos manifestantes, com doação de alimentos, café e apoio moral - Leonardo Guimarães/JPNEWSOs mais de 600 caminhoneiros que estão parados desde às 17h de segunda-feira (21) na rodovia BR-158 em Paranaíba (MS) completaram 48h de manifestação naquele local. Eles permitem passar apenas carros de passeio, veículos de emergência, cargas vivas e algumas perecíveis.
Segundo os participantes do movimento, a ação visa pressionar o presidente da República, Michel Miguel Elias Temer, a reduzir os impostos sob o petróleo no país, que desde o início do ano tem acompanhado a alta do dólar para estipular o valor do barril.
Populares têm aderido à greve e prestado auxilio aos manifestantes, com doação de alimentos, café e apoio moral. “Eu me sinto com o dever cumprido de estar fazendo minha parte, nós temos que ajudar para abaixar o valor da gasolina”, contou uma estudante que levou café da tarde para os manifestantes.
Por conta da falta de abastecimento a tarde de quarta-feira (23) foi de extremo movimento nos postos de combustíveis do município e filas imensas foram geradas por conta do medo dos populares de ficarem a pé. Por volta das 15h da tarde, oito dos dez postos do município já estavam sem combustível.
Algumas revendas de gás de cozinha tem estoque até amanhã, além disso supermercadistas temem o desabastecimento.
O motorista Davi de Melo destaca que não tem mais condições de trabalhar, atualmente ele carrega soja para o Porto de Santos ao custo de R$ 170 a tonelada e em 2017 pagava R$ 2,34 o litro de óleo diesel e hoje com o aumento de 12% o valor pago pelo combustível é de em média R$ 3,60. “O valor do frete não subiu e continua nos mesmos R$ 170 até hoje. Quem é pequeno não tem condições de trabalhar, gastamos cerca de um mil litros de óleo para fazer este trajeto”, contou.
