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Bovespa opera em baixa com incertezas sobre exterior

Na terça, Ibovespa chegou ao menor patamar em quase dois anos

Apesar das perdas expressivas das bolsas americanas e brasileira nos últimos pregões, os investidores ainda hesitam em voltar com força aos mercados acionários. As incertezas com o cenário externo, diante da perspectiva de uma desaceleração global, ainda estimulam o tom de cautela nos negócios. Com isso, às 11h56 o Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) caía 3,11%, a 55.526 pontos.

Na terça-feira, o índice voltou ao nível de setembro de 2009, ao recuar 2,09%, para 57.310 pontos. Em Wall Street, o Dow Jones caiu pelo oitavo dia seguido, ao perder 2,19% e deixar a linha dos 12 mil pontos.

Destaque da agenda desta quarta, a ADP Employer Services mostrou que o setor privado dos EUA criou, em termos líquidos, 114 mil vagas de trabalho em julho. O resultado superou as estimativas de analistas, mas representou forte desaceleração ante as 157 mil vagas líquidas criadas em junho.

Os dados são considerados uma prévia do chamado payroll, que sai na sexta-feira e indica o total de vagas criadas no mercado de trabalho americano.

Dívida dos EUA
E depois da aprovação no Congresso e na Casa Branca de um plano para aumentar o teto do endividamento americano e evitar o default do país, agências de classificação de risco seguem expressando sua opinião.

A Moodys confirmou o rating "Aaa" dos Estados Unidos, mas a perspectiva tornou-se negativa. Já a agência chinesa de classificação de risco Dagong fez nesta quarta o que as agências ocidentais ameaçam fazer: rebaixou o rating de crédito dos Estados Unidos.

Para a agência do maior credor externo dos EUA, o risco de crédito americano merece agora apenas rating "A", na mesma situação da Rússia e África do Sul, e abaixo da capacidade de pagar da China e vários outros países.