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Calote com cheque fica estável em maio, mas continua em nível elevado

No mês passado, 89,6 milhões de documentos foram compensados e 1,7 milhão foram devolvidos

O calote com cheques permaneceu estável e teve índice de 2% de falta de fundos em maio, segundo pesquisa da Serasa Experian divulgada nesta sexta-feira (17). A inadimplência verificada no mês passado é a mesma da de abril, mas, em 2011, o calote com cheque está bem maior que o observado em 2010.

No mês passado, 89,6 milhões de documentos foram compensados e 1,7 milhão foram devolvidos.

Apesar da estabilidade na passagem de abril para maio, a Serasa considera alto o nível de inadimplência com cheques. Segundo os economistas da entidade, o aumento do uso dos cheques pré-datados, para driblar taxas de juros mais altas, e as devoluções por causa das compras no Dia das Mães, contribuíram para a manutenção do indicador.

No geral, qualquer modalidade de calote se deve ao maior endividamento do consumidor e às elevadas taxas de juros, segundo a Serasa.

Quando se compara 2011 com 2010, entretanto, houve um aumento da inadimplência com cheques. Nos cinco primeiros meses deste ano, 1,93% dos cheques usados no mercado foram devolvidos por falta de fundos. Por outro lado, em 2010, esse índice ficou em 1,90%.

Para os próximos meses, a expectativa é de que a inadimplência com cheques altere altos e baixos – não há uma previsão definida, segundo a Serasa.

Os consumidores do Estado de São Paulo são os que usam o cheque com maior responsabilidade: apenas 1,47% dos documentos usados voltaram por falta de fundos em maio. No Rio de Janeiro, a inadimplência com essa modalidade de pagamento ficou em 1,6%, o que coloca o Estado em segundo lugar no ranking.

Por outro lado, Roraima encabeça a lista, com calote na casa de 11,4% quando se usa o cheque. Na segunda posição vem Maranhão e, na terceira, o Acre.