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Três Lagoas, 30 de abril

Sem incentivos, cervejaria não será instalada, decide empresário

Isenção de ICMS para distribuição do produto emperra vinda de cervejaria para Três Lagoas

Por Ana Cristina Santos
02/11/2019 • 08h21
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Um impasse entre o governo do Estado e a cervejaria Cidade Imperial pode impedir a instalação de uma filial da empresa em Três Lagoas. Em reunião realizada nesta semana com o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, José Aparecido de Moraes, e o diretor da secretária, Marcus Vinicius, o empresário  Cléber Faria informou que a confirmação do projeto depende da concessão de incentivos fiscais pelo Estado para a comercialização dos produtos. 

A reunião foi realizada em Frutal (MG), onde Faria comprou e investe em uma cervejaria - a primeira filial de sua empresa. 

De acordo com Moraes, o empresário disse que mantém negociação com o governo, com pedido de incentivos fiscais já concedidos a outras empresas do ramo. E que o projeto da filial três-lagoense, orçado em R$ 320 milhões e capacidade de geração de 300 empregos diretos, não foi descartado. 

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O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, declarou  em setembro deste ano, em Três Lagoas,  que a concessão de incentivos estava definida, mas que a empresa ainda negocia os incentivos para a comercialização de cervejas. Ainda segundo Verruck,  o governo se comprometeu em cancelar incentivos dados anteriormente a empresas concorrentes. Mas, Cléber Faria não teria aceito. 

Durante a reunião desta semana,  o empresário teria afirmado que, juridicamente, o Estado não pode retirar incentivos antes do fim do prazo firmado com as empresas.

Moraes disse que deve procurar o governo do Estado, nos próximos dias, para tentar solucionar o impasse. 

Em julho de 2018, a prefeitura doou uma área de 320 mil metros quadrados, em local privilegiado e estratégico, para a instalação do empreendimento de Cléber Faria. A área fica às margens da rodovia BR-158, na saída da cidade para Brasilândia.  Também concedeu redução da alíquota de ISS (Imposto Sobre Serviços) de 5% para 2% pelo período da construção da filial.

Desde o anúncio do projeto, em 2017, o empresário não responde a pedidos de entrevista, da reportagem, nem autoriza diretores da darem informações. 

Com isso, Três Lagoas,  conhecida nacionalmente pela produção das indústrias de celulose e com uma fábrica de fertilizantes prestes a ser retomada, corre o risco de perder a oportunidade de ter sua primeira fábrica de bebidas.

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