
Com o início do ano, aumentam também as despesas sazonais, como o IPVA, o IPTU, seguros, anuidades e matrículas escolares. Sem planejamento, o acúmulo de contas pode gerar dívidas rapidamente.
Pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) mostra que apenas uma pequena parcela dos brasileiros consegue pagar todas as contas sazonais apenas com o salário, enquanto muitos precisam juntar dinheiro ao longo do ano para arcar com impostos e outras despesas previsíveis.
O especialista em finanças Eduardo Feldberg, conhecido como “Primo Pobre”, alerta que organizar o orçamento é essencial para evitar empréstimos, uso excessivo de cartão de crédito ou cheque especial. Ele recomenda ter uma reserva de emergência de pelo menos R$ 3 mil, com ideal equivalente a seis meses do custo de vida — cerca de R$ 10 mil para a maioria dos brasileiros.
Além disso, Feldberg sugere criar uma poupança exclusiva para contas sazonais, já que impostos, seguros e anuidades são previsíveis e muitas vezes oferecem descontos para pagamento à vista. Em alguns estados, por exemplo, o IPVA pode ter abatimento para pagamento único, ou ser parcelado. Prefeituras também costumam oferecer descontos no IPTU, dependendo da cidade.
O especialista recomenda ainda usar o 13º salário e a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) para formar essa reserva, equilibrando lazer e preparo financeiro.
“Quem usa todo o 13º para consumo imediato corre o risco de enfrentar dificuldades no início do ano. O ideal é reservar parte para impostos e outras contas previsíveis”, orienta Feldberg.
Para se organizar, basta estimar o valor total das despesas sazonais, somar IPVA, IPTU, seguros e anuidades, e calcular quanto guardar mensalmente. Planilhas e aplicativos de controle financeiro ajudam a acompanhar os pagamentos e garantem um começo de ano mais tranquilo.