Veículos de Comunicação

Editora lança nacionalmente livro de ex-alunos da rede pública de Paranaíba sobre racismo e legislação

Egressos das escolas Manoel Garcia Leal e José Garcia Leal, policiais civis têm obra publicada por líder de mercado em editoras jurídicas no Brasil

Escritores Paulo Vittor Parecis da Silva e  Adair Dias de Freitas Júnior - Foto/Arquivo pessoal
Escritores Paulo Vittor Parecis da Silva e Adair Dias de Freitas Júnior - Foto/Arquivo pessoal

A Editora Juspodivm, líder no mercado de editorias no Brasil, lançou recentemente a obra “Racismo e a Lei: Novas Perspectivas para o Brasil (2026)”, escrita pelos paranaibenses Adair Dias de Freitas Júnior e Paulo Vittor Parecis da Silva. A obra, que teve lançamento oficial no dia 10 de outubro de 2025, tem na coordenação dos trabalhos além de Adair Freitas o escritor e Delegado de Polícia do Estado de São Paulo Higor Vinicius Nogueira Jorge.

Adair é ex-estudante da Escola Estadual Manoel Garcia Leal, tendo sido aluno também da Escola Caminho e se formado em Direito pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS). Atualmente é integrante da Polícia Civil do Estado de São Paulo, na cidade de Santa Fé do Sul.

Também participa da elaboração do livro o ex-estudante da Escola Estadual José Garcia Leal, Paulo Vittor Parecis da Silva. Hoje integrante da Polícia Civil do Estado de Goiás, no município de Quirinópolis, Paulo também estudou na Escola Caminho antes de se graduar em Biologia pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), na cidade de Ilha Solteira (SP).

Juntos a uma equipe multidisciplinar de autores, os egressos do ensino público de Paranaíba apresentam uma obra literária que propõe um debate sobre como o tema “racismo” tem sido abordado no âmbito da segurança pública no Brasil.

Edição impressa do livro “Racismo e a Lei: Novas Perspectivas para o Brasil (2026)” – Foto/Divulgação

Em entrevista exclusiva ao Portal RCN67, os autores da recém-lançada obra afirmaram que o material oferece uma análise abrangente e atualizada sobre as múltiplas faces do racismo no país. Adair Freitas e Paulo Vittor também fizeram considerações sobre outros aspectos do livro.

“Trata-se da obra mais completa já lançada nacionalmente sobre o tema, ao reunir análise histórica de diplomas legais, estudos de caso e discussão crítica sobre conceitos contemporâneos como racismo estrutural, institucional e ambiental, além de temas como islamofobia, xenofobia, colorismo, “blackwashing” e discriminação em contextos multiétnicos. Este livro aborda com completude tais celeumas, fazendo-se ferramenta imprescindível a todo operador do Direito, estudantes para concursos, educadores e para todo cidadão que deseje atingir compreensão plena de temas salutares à nossa sociedade”, destacaram os autores.

Debate interdisciplinar e aprofundamento teórico

“Com 224 páginas, a obra propõe um diálogo entre o Direito, as ciências sociais, a comunicação e a educação, trazendo contribuições de especialistas que abordam o racismo sob diferentes ângulos. Dividido em dez capítulos, o livro traça um panorama que vai das raízes históricas do racismo estrutural até os desafios contemporâneos enfrentados por políticas públicas e instituições de ensino jurídico no século XXI.

A introdução, assinada por Paulo Vittor P. Silva, contextualiza o racismo na sociedade brasileira atual. Em sequência, Adair Dias de Freitas Júnior apresenta uma análise crítica da legislação de crimes raciais, enquanto Silmara Marcelino e Louise Lopes Santos discutem as principais teorias contemporâneas sobre o racismo. O capítulo de Mohamad Jehad A. Tayeh trata da islamofobia e sua relação com o Direito, apontando riscos de anomia e omissão institucional. Bárbara Cristina Lopes da Silva Corrêa, por sua vez, aborda o racismo institucional, propondo mecanismos concretos de diagnóstico e superação.

Entre os temas discutidos, destaca-se ainda a análise do “blackwashing” midiático, também por Adair Dias de Freitas Júnior, e o estudo do colorismo por Laura Santos Braga, que reflete sobre os limites do reconhecimento jurídico das desigualdades raciais dentro da própria população negra. As pesquisadoras Bárbara Lopes Gomes e Denize dos Santos Ortiz abordam o papel dos movimentos antirracistas, enquanto Francini Imene Dias Ibrahin e Giuliano Sorge de Paula Silva ampliam o debate ao contexto internacional dos direitos humanos. O encerramento da obra, assinado por Higor Vinicius Nogueira Jorge, propõe diretrizes curriculares para o ensino jurídico antirracista e políticas institucionais voltadas à diversidade e inclusão.”, pontuaram os escritores.

Contribuições para a prática e formulação de políticas públicas

De acordo com Adair e Vittor, ao articular teoria e prática, a coletânea propõe enfrentar o racismo não apenas como objeto de estudo, mas como um fenômeno jurídico, político e moral que demanda respostas institucionais concretas. A obra se consolida como reflexão crítica sobre o papel das instituições, do ensino e das práticas sociais na construção de uma cultura antirracista no Brasil.

“O objetivo principal é oferecer ao leitor não apenas um diagnóstico jurídico do racismo, mas também alternativas viáveis de transformação social, baseadas em evidências e propostas concretas de políticas públicas e educacionais.”

Leitura essencial para diferentes públicos

“Com linguagem acessível aliada ao rigor acadêmico, Racismo e a Lei: Novas Perspectivas para o Brasil se posiciona como leitura fundamental para profissionais do Direito, pesquisadores, estudantes e demais leitores interessados em compreender e combater o racismo sob uma ótica transformadora. Ao integrar pesquisa, crítica e vivência, a obra convida à ação e reforça o papel do Direito como instrumento de justiça, reparação e mudança social.” concluiu a dupla de escritores.