
Durante sessão na Câmara Municipal de Paranaíba, realizada na segunda-feira (20), o vereador Fabiano Agi (PL) prestou esclarecimentos acerca da recomendação do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) relacionada às obras de canalização do córrego Fazendinha. Segundo o parlamentar, os trabalhos realizados pelo Governo do Estado seguem normalmente, uma vez que “não há sentença judicial determinando a suspensão”.
Agi apresentou documento emitido pela promotora de Justiça Juliana Nonato, que recomenda a paralisação imediata de obras em área localizada na Fazenda Santa Adélia, de propriedade do empresário José Álvaro Agi Filho. De acordo com o MPMS, os trabalhos foram iniciados sem a devida autorização ambiental e envolvem intervenção em Área de Preservação Permanente (APP), com supressão de vegetação nativa e alteração do leito do córrego, utilizando maquinário da Prefeitura.
O vereador criticou declarações do prefeito Maycol Henrique Queiroz (PSDB), que, em entrevista à imprensa local e através de vídeo publicado nas redes sociais, defendeu a continuidade das obras para prevenir enchentes, apontando o empresário como o responsável pela paralização dos trabalhos. Maycol também acusou Fabiano, parente do empresário, de só criticar a gestão atual. Em sua resposta, o parlamentar ressaltou que a recomendação do MPMS é restrita à intervenção dentro da propriedade particular e não atinge o trecho executado pelo Estado.
O empresário José Álvaro Agi Filho também se manifestou, classificando-se como “vítima da situação”. Em entrevista à Rádio Cultura FM Paranaíba 106.3MHz, relatou ter descoberto, em agosto, a presença de máquinas da Prefeitura em sua fazenda realizando movimentações de terra sem sua autorização. Ele reforçou que a recomendação do MPMS não inviabiliza as obras fora da APP, mas apenas determina a paralisação imediata das intervenções irregulares dentro da área protegida.
O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) foi formalmente acionado pela promotoria para tomar as providências cabíveis no caso.
Assista ao trecho sobre o assunto no Jornal do Povo, da Rádio Cultura FM Paranaíba: