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Empresário nega paralização de obra e diz ter sido colocado em risco por falas de prefeito; vereador também reagiu a acusações

O parlamentar apresentou documentos e afirmou que a manifestação do MP é sobre área de preservação dentro de fazenda e não nas obras de prolongamento do córrego. Empresário alega ter sido vítima de invasão de propriedade por conta da prefeitura

Obras de canalização do córrego Fazendinha, prolongamento da Avenida Durval Rodrigues Lopes, em Paranaíba - Foto/Leonardo Guimarães
Obras de canalização do córrego Fazendinha, prolongamento da Avenida Durval Rodrigues Lopes, em Paranaíba - Foto/Leonardo Guimarães

Durante sessão na Câmara Municipal de Paranaíba, realizada na segunda-feira (20), o vereador Fabiano Agi (PL) prestou esclarecimentos acerca da recomendação do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) relacionada às obras de canalização do córrego Fazendinha. Segundo o parlamentar, os trabalhos realizados pelo Governo do Estado seguem normalmente, uma vez que “não há sentença judicial determinando a suspensão”.

Agi apresentou documento emitido pela promotora de Justiça Juliana Nonato, que recomenda a paralisação imediata de obras em área localizada na Fazenda Santa Adélia, de propriedade do empresário José Álvaro Agi Filho. De acordo com o MPMS, os trabalhos foram iniciados sem a devida autorização ambiental e envolvem intervenção em Área de Preservação Permanente (APP), com supressão de vegetação nativa e alteração do leito do córrego, utilizando maquinário da Prefeitura.

O vereador criticou declarações do prefeito Maycol Henrique Queiroz (PSDB), que, em entrevista à imprensa local e através de vídeo publicado nas redes sociais, defendeu a continuidade das obras para prevenir enchentes, apontando o empresário como o responsável pela paralização dos trabalhos. Maycol também acusou Fabiano, parente do empresário, de só criticar a gestão atual. Em sua resposta, o parlamentar ressaltou que a recomendação do MPMS é restrita à intervenção dentro da propriedade particular e não atinge o trecho executado pelo Estado.

O empresário José Álvaro Agi Filho também se manifestou, classificando-se como “vítima da situação”. Em entrevista à Rádio Cultura FM Paranaíba 106.3MHz, relatou ter descoberto, em agosto, a presença de máquinas da Prefeitura em sua fazenda realizando movimentações de terra sem sua autorização. Ele reforçou que a recomendação do MPMS não inviabiliza as obras fora da APP, mas apenas determina a paralisação imediata das intervenções irregulares dentro da área protegida.

O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) foi formalmente acionado pela promotoria para tomar as providências cabíveis no caso.

Assista ao trecho sobre o assunto no Jornal do Povo, da Rádio Cultura FM Paranaíba: