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Assaltantes reagem e são mortos pela Rotai

Bandidos invadiram casa e rendiam uma família, quando foram surpreendidos pela polícia

Delegado Thiago Passos investiga o caso -
Delegado Thiago Passos investiga o caso -

Dois assaltantesmorrem durante um confronto com policiais da Ronda Ostensiva e Tática do Interior (Rotai). Os dois assaltantes haviam feito uma família refém e estavam separando os produtos que iriam roubar, quando foram surpreendidos pelos policiais. 

Segundo informações da Polícia Militar, o fato aconteceu por volta das 22 horas na rua José Palma,no momento em que amigos e familiares comemoram o aniversário da dona da casa. O neto da aniversariante estava na frente da residência, quando os bandidos chegaram e anunciaram o roubo. Armados com dois revólveres, um calibre 22 e outro 32, os acusados entraram no imóvel e renderam todos na casa. As vítimas foram obrigadas a deitarem no chão da sala, enquanto os dois separavam os produtos que iriam roubar. 
 
O marido da aniversariante estava nos fundos da casa e estranhou a movimentação. Pela janela, ele viu um dos bandidos rendendo seus familiares. Apesar de assustado, ele conseguiu sair sem ser visto pela dupla e chamou a polícia. Poucos minutos após o chamado, uma equipe da Rotai chegou ao local e surpreendeu os bandidos que, segundo a PM, tentaram reagir, mas acabaram atingidospor dois disparos. 
 
SUSPEITOS
Diego Aparecido Gonçalves era morador da Vila São João e havia completado 18 anos na última terça-feira. A mãe do jovem, Adriana Aparecida Gonçalves, ficou sabendo do ocorrido através de uma ligação da própria polícia. “Eu vi a ligação durante a madrugada e não quis atender ao telefone, parece que algo já me dizia que não era coisa boa. Quando atendi era um policial falando o que tinha acontecido”, disse a mãe, chorando. 
 
Carlos Antônio Pereira é tio de Diego. Segundo ele, o jovem tinha problemas com drogas. “O meu sobrinho era um menino estudioso, mas infelizmente era usuário de maconha. Ele até estava trabalhando em uma transportadora, mas foi demitido no começo deste ano. Não sei o que motivou ele a fazer isso, estamos todos surpresos”, relatou Pereira. 
Kennedy Weslei Saraiva, 20 anos, morava com os pais em uma casa no Jardim Planalto. O pai dele esteve na manhã de ontem no Instituto Médico Legal (IML) para fazer o reconhecimento do corpo. “Meu filho trabalhava comigo em construções. Ele nunca teve passagens pela polícia por questões de roubo, apenas tinha registros por uso dedrogas.
 
Quero saber o que aconteceu de verdade. Não acredito que meu filho tenha reagido, mas a vida é assim, quando morre filho e pobre, ninguém está nem aí”, desabafou o pai. 
 
Sig irá investigar se suspeitos estavam envolvidos em outros crimes.
 
A Seção de Investigações Gerais (SIG) já estava investigando os frequentes assaltos com reféns e uso de armas de fogo, em Três Lagoas. Só neste início de ano pelo menos quatro casos foram registrados pela Polícia Civil. O delegado Thiago Passos, coordenador da SIG, acredita que estes os dois mortos pela polícia também possam ter participado dos outros casos. “O modo de praticar o crime e a forma agressiva com que as vítimas foram tratadas é muito semelhante em todas estas ocorrências. Outro fato importante é o relato das testemunhas. Elas afirmaram que um dos assaltantes usava uma arma fosca, que aparentava ser falsa. Um dos bandidos de fato estava com uma arma fosca e bem velha, mas realmente tratava-se de um revólver”, afirmou Passos. 
 
A polícia agora estuda a participação de pelo menos outras duas pessoas nestes casos de roubo. “Nesta última ocorrência, as vítimas relataram que um dos bandidos estava falando com uma pessoa ao telefone. Estávamos investigando e acreditamos que possam existir outros envolvidos, possivelmente algum outro elemento que estaria dando cobertura ou sendo o motorista dos bandidos. A investigação não vai parar por aqui”, confirma o delegado. 
 
NOVA PRISÃO
Na tarde de ontem, policiais da Rotai apreendem, no bairro Paranapungá, dois jovens, um de 18 e outro de 16 anos, armados com uma garrucha calibre 22. Aos policiais militares, os dois teriam confessado que estavam planejando um crime. Segundo um dos acusados, eles compraram a arma pelo valor de R$ 250,00 e estavam procurando algum lugar para roubar. Os suspeitos alegaram serem usuários de drogas e disseram que precisavam conseguir R$ 1,5 mil para quitar uma dívida que ambos tinham com um traficante.
 
A Polícia Civil irá investigar se já envolvimento da dupla em outros crimes de furto e roubo na cidade.